24 de novembro de 2015

Resultado do 26o. Concurso de Contos Paulo Leminski


A
migos,
Estou retornando de férias e tentando me reinventar, sem pausa para respirar. Vida de escritor que ainda tem que trabalhar em outra coisa é assim mesmo: você precisa consertar o motor do carro com o carro andando. A 100 km/h. E você é quem está dirigindo.
Felizmente, você não esquece como a coisa funciona. Como em qualquer trabalho, mesmo sem inspiração (se você já treinou o suficiente), é só sentar e ir em frente. Tão simples quanto andar de bicicleta - você nunca esquece como fazer.
Enquanto termino de me organizar, aproveito para divulgar os resultados do Concurso de Contos Paulo Leminski, um dos mais prestigiados do país. Informe-se e não perca a próxima edição, no ano que vem.

Para quem não sabe, Paulo Leminski foi um escritor, poeta e músico curitibano com uma bibliografia ampla e de qualidade. Morto em 1989, a beleza de sua escrita continua influenciando as novas gerações, especialmente de poetas e músicos.

O concurso de contos, que se iniciou no ano da morte do escritor e mantém a periodicidade anual, é promovido pela Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Campus de Toledo – e Prefeitura Municipal de Toledo, através da Secretaria de Educação - Biblioteca Pública Municipal.
 

Ser um escritor é fácil. É como dirigir uma bicicleta. Só que a bicicleta está pegando fogo. Você está pegando fogo. Tudo está pégando fogo. E você está no inferno!
Segundo a comissão organizadora, o Concurso de Contos Paulo Leminski "surgiu com o objetivo de estimular e divulgar a literatura local, mas desde seu início, estendeu-se para outros estados e há muito, extrapolou as fronteiras do nosso Brasil."

"Nesta 26ª edição de 2015 do concurso, inscreveram-se 724 contos, provenientes de vários Estados do País, como São Paulo 226, Rio de Janeiro 105, Paraná 93, Minas Gerais 65 e Rio Grande do Sul 64 e 19 contos do exterior: Argentina, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Portugal e Suiça. Destacamos que no decorrer das 26 edições do concurso recebemos um total de 12.019 contos inscritos."

"Agradecemos a todos os inscritos no 26º Concurso de Contos Paulo Leminski pela participação, demonstrando assim, confiabilidade neste Concurso que já tem raízes muito profundas. A marca dessa premiação é o equilíbrio entre os autores das mais diversas localidades do Brasil. E hoje, o Concurso de Contos Paulo Leminski oferece um painel muito representativo do que se escreve atualmente em nosso país e está entre os maiores concursos literários no gênero “Conto Nacional”. E principalmente aos milhares de escritores que ao longo dessas 26 edições, enviaram seus trabalhos, acreditando que a literatura é possível, tornando-se assim os verdadeiros protagonistas do Concurso."

Os quatro premiados no concurso foram:

1º LUGAR: Sobre a terra seca dos meus olhos
Autor: Rita de Cássia Zuim Lavoyer – Araçatuba/SP

2º LUGAR: Jovelina
Autor: Luiz Rogério Camargo – Curitiba/PR

3º LUGAR: Verde-cidró
Autor: Fátima Jussara Pinto Parodia ¬– Porto Alegre/RS

MELHOR CONTO TOLEDANO: A fuga do maestro
Autor: Valdinei José Arboleya

As menções honrosas e demais informações sobre o concurso podem ser consultado no site da Prefeitura de Toledo, nesta página

Personagens? Diálogos? Ferramentas de revisão? Comente e sugira assuntos para os próximos posts!

Gostou? este post!

10 de novembro de 2015

Para que serve e o que é avaliado em uma leitura critica?



J
á faz alguns anos que falei sobre este tema, então resolvi trazer minha visão atualizada sobre o assunto.
Avaliar um original, seja um quadro, uma composição musical ou um livro, é sempre uma tarefa subjetiva. Por mais que tentemos objetivar a análise, dividindo a obra e analisando-a sobre diferentes aspectos, ainda assim sempre resta uma grande dose de subjetividade, sendo portanto o resultado, em última instância, uma visão pessoal do avaliador.

O que torna uma leitura crítica valiosa é ter uma posição de um leitor que não dará sua opinião simplesmente para agradar o autor, pelo contrário, ele estará procurando falhas que possam comprometer original.

Leitura crítica não é revisão: O leitor crítico não irá apontar todos erros ortográficos e gramaticais da obra, e muito menos corrigi-los, como é feito em uma revisão de texto.

Leitura crítica não é copidesque / cirurgia de texto: O leitor crítico indica problemas e eventualmente sugere melhorias, mas não irá alterar o texto original nem sugerir todas as alterações necessárias a tornar a obra mais chamativa para o leitor e/ou editoras.
“Quer elogios sobre seu original? Então nunca o mande para um leitor crítico!”
Leitura crítica é apenas isso: uma opinião de um (bom) leitor sobre o que está certo e, principalmente, sobre o que está errado em seu livro.

Obviamente, as opiniões do leitor crítico se baseiam em sua experiência como leitor e, inevitavelmente, podem ser influenciadas por seu gosto pessoal; de forma que sua opinião não é um atestado de qualidade (ou de falta desta); mas sim pontos de partida para que o autor veja sua obra por outros olhos e possa, caso desejado, burilá-la para torná-la mais palatável ao leitor.

Cada leitor crítico faz a sua avaliação de forma única, mas de uma maneira ou de outra ele irá produzir um “Laudo de Leitura Crítica” que tomou como base a análise em diferentes dimensões, podendo este detalhamento variar conforme as necessidades de melhoria do original. Usualmente o leitor crítico avalia pontos como: