1 de agosto de 2013

Vale a pena ser escritor?


F
az algum tempo que deixei de realizar leituras críticas, pelo menos oficialmente, recebendo por isso.  Ultimamente o que consigo fazer com o pouco tempo de que disponho é ler trechos de algumas obras e trocar umas ideias com o autor, por telefone mesmo, para economizar o tempo que eu levaria para escrever tudo o que tenho a dizer de cada obra.

Esta abordagem resolve um dos grandes problemas da leitura crítica: o grande tempo despendido para produzir um laudo profissional sobre o trabalho de um outro autor.  Normalmente, além do tempo de ler e rabiscar todo o original que estou avaliando, que já não é pouco, gasto pelo menos uma semana escrevendo o laudo, dando exemplos de questões a serem resolvidas dentro da obra, explicando problemas e buscando sempre que possível dar alguma ideia de como podem ser resolvidos.  E no pique que estou de preparar cursos, revisar meus originais, trabalhar para vendê-los a editoras e ainda me arvorando a aceitar pequenos trabalhos para produzir roteiros de quadrinhos e obras audiovisuais, infelizmente não tenho como dispor de tempo para produzir relatórios com este grau de profundidade.
O outro problema que me levou a abandonar as leituras críticas oficiais, e que não há como resolver, é que por vezes os originais são gratas surpresas, mas em outras os problemas estão tão entranhados na obra que o único conselho verdadeiramente sensato seria "jogue tudo fora e comece de novo".

Neste ponto eu me sinto como um agente literário ou um editor, ou pelo menos como um que se importe com os sentimentos do autor. Como equilibrar os conselhos sensatos e necessários com a necessária dose de otimismo, de forma a não desanimar totalmente o autor iniciante?  Com raras exceções, todo escritor acredita que seu trabalho é uma obra prima, revolucionária e admirável ou pelo menos que tem algo de original que irá saltar aos olhos de um editor ou agente literário e imediatamente convencê-lo de que merece ser publicado.
Uma vida bem vivida demanda que cada um pergunte a si mesmo: vale a pena? As dores de cabeça valem pela superação; a desolação é compensada pelas conquistas, a angústia é equilibrada pelo júbilo? E quem sabe? Talvez os momentos de desespero amargo sejam aqueles que, no futuro, serão nossas memórias mais caras“
Umair Haque, Autor, economista e consultor da universidade de Londres.
Infelizmente esta crença raramente se reflete na qualidade da obra. A maioria dos originais que chegou às minhas mãos não precisava apenas de poucos ajustes, mas sim de uma remodelagem completa, com mudanças na trama e nos personagens que seriam complexas ou mesmo impossíveis de se fazer.

25 de julho de 2013

7 Coisas que aprendi, por Alexandre Lobão

Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Estamos em um momento único: nossa fila de contribuidores zerou, então se você enviar sua contribuição agora, será o próximo post da série!  Lembro que não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, só interessa a vontade de partilhar com os colegas de profissão.  Envie sua contribuição hoje mesmo!

Neste post, com a palavra, uma pessoa muito especial: eu mesmo.  ;)
Sim, eu sei que já participei da série, mas após um período de isolamento precisei repensar o que e importante para mim como escritor, e achei que valia a pena dividir estes pensamentos com vocês. 

20 de julho de 2013

Write in Canela, imersão para escritores com James McSill

A
migos!
Estou de volta após uma imersão na floresta Amazônica, com direito a conversar com índios, tocar em botos cor de rosa, pegar preguiças e jiboias no colo, comer larvas de insetos em caminhadas pela floresta, passar medo remando entre as copas árvores (sim, isso mesmo, é época de cheia...) em canoas pequenas, no breu total de noites de lua nova, e muitas outras coisas "divertidas".
Para quebrar o jejum e retomar as publicações no blog, segue a divulgação do evento "Write in Canela", com o excelente James McSill, amigo e excelente profissional - recomendo a todos que puderem participar que não perca a oportunidade!

E você, tem alguma dúvida ou algo de saber com mais detalhes sobre o mercado literário ou o processo de escrever um livro? Participe comentando, e aproveite que estou com poucas respostas "na fila", sua contribuição será logo contemplada!
E até a semana que vem!

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3 de julho de 2013

4 x 7 Coisas que Aprendi: Brontops Baruq, Sérgio Fantini, Eric Novello e Alliah

S
im, eu sei, estou devendo uma série de postagens para vocês.  Mas até mesmo um escritor merece férias, e é difícil manter o blog estando no meio da floresta amazônica - é sério!

Para não deixar vocês totalmente sem novidades, hoje temos quatro novos posts da série 7 coisas que aprendi, publicados no blog parceiro do Escriba Encapuzado.
E, em duas semanas, um post com conselhos diversos para quem terminou seu livro e agora está procurando formas de publicar, inclusive o ponto que acredito ser o mais importante para quem quer fazer carreira como escritor - Não percam!


Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos! 

No mês de junho  tivemos quatro publicações no Escriba Encapuzado:
  • Brontops Baruq, misterioso escritor e vencedor do internacional Concurso Hydra.
  • Sérgio Fantini, escritor mineiro e mestre oficineiro.
  • Eric Novello, escritor, tradutor técnico e literário, organizador de coletâneas e consultor da Editora Draco.
  • Alliah, escritora e artista visual.
Leia outros artigos desta série no Vida de Escritor e no Escriba Encapuzado.

 E de sua parte, o que aprendeu como escritor? Entre em contato e compartilhe suas experiências!
* Projeto inspirado pela coluna “7 Things I’ve Learned So Far”, da revista Writer’s Digest.

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