menos que você esteja chegando agora de um longo retiro espiritual, provavelmente já sabe que as maiores redes de livrarias no Brasil passam por uma profunda crise. E que, pelo modelo de negócios do mercado livreiro no Brasil, baseado na consignação, a crise se alastra por editoras de todos os portes. Muitos já apresentaram visões muito claras sobre o problema, como Daniel Lameira, em seu artigo para o PublishNews. Outros, como o próprio Daniel no artigo acima e Luiz Schwarcz, CEO da Companhia das Letras, apresentaram soluções e iniciaram campanhas para que os leitores declarem seu amor aos livros em cartas, tweets e posts, e que visitem as livrarias, dando livros como presentes no Natal. | |
Pouco resta a falar sobre o assunto, e muito a fazer. Façamos! Mas, e nesta brincadeira, como fica o escritor? Conseguir uma editora interessada em publicar seu livro, algo que já merecia comemoração há alguns meses, agora passou a ser uma verdadeira Jornada do Herói. Ou será que não?... Ou, ainda mais... Conseguir uma editora importa? Já escrevi diversos posts sobre a escolha de autopublicar ou publicar por uma editora, sobre como conseguir uma editora, como enviar seu original, e vários etc. Então, hoje quero falar sobre o outro lado do escritor - do teclado para dentro. | “Uns escrevem para salvar a humanidade ou incitar lutas de classes, outros para se perpetuar nos manuais de literatura ou conquistar posições e honrarias. Os melhores são os que escrevem pelo prazer de escrever.”Lêdo Ivo, escritor e jornalista, imortal da ABL |
O sábio chinês Confúcio já dizia que "Aquele que encontra um trabalho que ama, nunca mais trabalha na vida". "Diletantismo", segundo a minha percepção pessoal, sempre foi por aí: exercer uma profissão porque se sente atraído por ela, porque aquele trabalho a(o) inspira. Até porque, afinal, de que vale trabalhar 8 ou mais horas por dia infeliz , só para ganhar dinheiro? |
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10 de dezembro de 2018
A crise do mercado editorial e o escritor diletante profissional
15 de outubro de 2018
Vale a pena participar de coletâneas?
enho recebido uma enxurrada de divulgações sobre coletâneas de contos. Primeiro foram coletâneas de contos de fantasia, de ficção científica, de romance, policiais, eróticos... Depois de esgotados os, digamos, "grandes gêneros", começaram a aparecer coletâneas de contos de subgêneros ou temáticas: steampunk, distopias, recontagem de clássicos, mashups, sick-lit, fim-do-mundo, zumbis, fadas, romance de época etc etc etc... Serão estas coletâneas um fenômeno recente? E, mais do que isso, vale a pena participar delas? | |
Quanto à primeira questão, a resposta é simples: Não. Sempre houve e provavelmente sempre haverá este tipo de coletâneas, usualmente promovidas por editoras que realizam concursos e publicam os trabalhos selecionados. Algumas de minhas primeiras publicações, inclusive, foram coletâneas do gênero; mas o que vemos hoje em dia é uma proliferação de coletâneas levada, provavelmente, pela diminuição dos custos com impressão. | "Coletâneas são um bom treino e uma boa motivação, mas cuidado: nem sempre são o que parecem" |
É possível, por exemplo, realizar uma coletânea e imprimir apenas os exemplares que os participantes comprarem, com pouquíssima diferença de custo por exemplar em relação a uma impressão de, digamos, mil exemplares. E isso, é claro, facilita a entrada de novos organizadores neste mercado. Mas e quanto à segunda questão? Será que vale a pena participar? |
26 de setembro de 2018
Como eu escrevo?
ma das coisas que acho mais ricas para o aprendizado de um escritor é ouvir outros escritores falando sobre seu processo criativo.
Quem já viu, por exemplo, o incrível show Solidão no Fundo da Agulha (que virou livro, ou vice-versa), do mestre Ignácio de Loyola Brandão, sabe bem do que estou falando: há uma certa magia, quase uma excitação voyeur, em conhecer um pouco do que se passa dentro da cabeça do outro.
Seguindo esta ideia é que o José Nunes criou seu "Como eu escrevo", um interessantíssimo projeto onde ele explora os bastidores do processo criativo de escritores e pesquisadores, e que está reunindo muito material interessante para quem quer se profissionalizar na área.
Tive o prazer de responder às questões do José Nunes, e quem quiser saber um pouco sobre meu processo pode ler a entrevista neste link.
Querendo saber mais, é só perguntar por aqui! :)
19 de setembro de 2018
Como encontrar uma editora para seu livro
á escrevi diversas vezes sobre este assunto, mas como o assunto continua sendo um dos mais perguntados, acredito que vale a pena explorar novos ângulos. O básico, provavelmente, todos já sabem, mas sempre vale à pena reforçar: Não adianta enviar em quantidade, para muitas editoras, o que funciona é a qualidade - enviar para a editora certa. E como saber qual é a editora certa? | |
Também não há segredo neste ponto: basta pesquisar.
| “Por mais que as tecnologias ajudem, nada (ainda) substitui o olho-no-olho" |
Estas e outras questões você descobre facilmente pelo site da editora ou em suas páginas nas redes sociais - quase todas editoras hoje têm canais oficiais no Facebook, Instagram, Twitter e outras. Mas isso, como falei, é o básico. O que realmente faz diferença? |
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