25 de outubro de 2016

Sobre premissas de histórias centradas em personagens

S
eguindo o pedido de alguns colegas, hoje vou falar um pouco sobre livros centrados em personagens.
Vejam, boa parte do que falo aqui no blog serve para qualquer 'tipo' de livro de ficção: diálogos, dicas de revisão, ritmo, leitura crítica, mercado, estrutura da cena, ponto de vista, e muitos etc.
No entanto, recentemente estive revisando as dicas sobre premissa estruturada, pontos de virada e estruturação da trama, e percebi que embora possa ser utilizadas em qualquer caso, as histórias centradas em personagens (em contraste com as centradas na trama) se enquadram melhor com alguns ajustes.
Quando falo de premissa estruturada em meus workshops, eu apresento para os participantes os elementos que devem estar presentes na premissa: O status quo (onde e quando a história se passa), a apresentação do protagonista, a apresentação do antagonista e os objetivos de cada um - que, invariavelmente, levarão ao conflito que faz a história ir em frente. “O gato deitou no tapete" não é o começo de uma história, mas "o gato deitou no tapete do cachorro” John le Carré, escritor britânico
Em histórias cujo foco é a trama, a figura do antagonista é tão significativa que já cheguei a chamá-lo de "herói do escritor", no post Vilões: os verdadeiros heróis dos escritores!, onde detalho mais estes pontos da premissa estruturada .
Obviamente, a existência de um antagonista faz a história crescer em ritmo e aumenta a ansiedade (e o interesse) do leitor em saber o que ocorre com o personagem principal.
No entanto...
No entanto, já perdi a conta de filmes belíssimos que vi, e livros maravilhosos que li, onde o antagonista simplesmente não existe.
Em histórias onde o foco é o personagem, a premissa pode ser uma pergunta muito mais aberta, restrita à apresentação do status quo, do protagonista e de algo que quebra sua rotina.
O conflito, que sempre é o coração da história (veja a frase de John de Carré no box deste post...), precisa existir. Mas não precisa ser um conflito com outro personagem. Em histórias centradas no personagem, o conflito pode ser simplesmente algo que mexe com o cotidiano ou as certezas do personagem, colocando-o em uma situação de exceção - que não necessariamente se resolve ao fim.
O filme francês Asphalte, por exemplo, é composto por pequenas histórias de pessoas comuns que têm sua rotina abalada por fatos mais ou menos relevantes - desde a chegada de uma nova moradora, uma ex-atriz que amplia os horizontes culturais de um garoto local, até o insólito caso de um astronauta americano que aterrissa por engano no teto de um prédio, e que leva uma senhora local a precisar hospedá-lo enquanto a Nasa procura um disfarce para esconder a falha que o levou ali.
Pensando de maneira aberta, podemos imaginar que a idade, a doença, a quebra da rotina que leva o personagem para fora de sua zona de conforto, o novo elemento que faz o personagem refletir sobre sua vida até aquele momento seriam os "antagonistas" destas histórias.
No entanto, a existência de um antagonista externo, um personagem que constantemente desafie o personagem e dificulte a sua vida, é algo que tem um poder incrível na definição do ritmo da história. O mais difícil no caso deste tipo de histórias centradas em personagens é justamente criar uma premissa - e, a partir dela, toda uma história - que se sustente sem este elemento.
O "segredo" - e só digo "segredo" porque também o é para mim, uma vez que não consigo ver uma "fórmula" para que isso aconteça - é criar personagens com quem o leitor se importa. Personagens que geram empatia, que, por si sós, deixem o leitor curioso o suficiente para continuar lendo.
Dois exemplos extremos, a meu ver, e que podem ajudar a entendermos melhor este tipo de história, são os protagonistas dos filmes O Curioso Caso de Benjamin Button e Peixe Grande, que mostram não vidas comuns, mas (pedaços de) vidas maravilhosas. Não há antagonistas, exceto, talvez, o tempo, e terminamos o filme com a sensação de querermos ter visto mais, ansiosos, mesmo, por rever o filme para conhecer um pouco mais aqueles personagens incríveis.
Há muitos anos que eu tinha a pretensão de escrever algo assim - inclusive mencionei a premissa do que seria o futuro "As Incríveis Memórias de Samael Duncan" (lançado em agosto de 2016 pela Bagaço Editora) no post Primeiras coisas primeiro: Por onde começar a escrever seu romance, cujo foco também é a premissa da história. Apesar de confiar na história, só tive a certeza de que "acertei o ponto" quando, ao conversar com Priscila Barbosa, a capista e ilustradora, ela mencionou que tinha gostado tanto do livro que após terminar de lê-lo leu de novo - e depois, mais uma vez. A capa e as ilustrações ficaram maravilhosas, mas o maior presente da Priscila para mim foi este comentário!
O segredo de criar personagens que interessam ao leitor?
Já publiquei alguns posts sobre personagens, mas este 'detalhe' ainda é um mistério para mim.
Eu os escrevo como se fossem pessoas reais, pessoas pelas quais me importo, pessoas que amo.
E isso parece funcionar.

E você, o que acha que faz diferença na criação de um personagem? Comente e compartilhe com os colegas!

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11 de outubro de 2016

A importância do hábito de escrever

S
ó há uma forma realmente comprovada de melhorar sua escrita: escrevendo.
Falando assim parece algo simplista, bobo até, mas a verdade é que não são poucos aqueles que dizem que "não escrevem bem", simplesmente, como se "escrever bem" fosse algo com que você nasce, e não algo que possa ser desenvolvido.

No livro "Fora de Série" (Outliers), Malcolm Gladwell lança a ideia de que as pessoas que são excepcionais no que fazem, "fora da curva", seja cantar, praticar esportes ou programar computadores, são aquelas que tiveram a oportunidade de começar a praticar o que gostam desde cedo em suas vidas, e ao atingir (pelo menos) 10.000 horas, chegaram a este "estado de excelência". Aí, quando assistimos seu sucesso, ficamos maravilhados com seu "dom"...

A minha opinião é que sim, a prática leva a perfeição.  No entanto (e reforço aqui que esta é apenas minha opinião, sem os estudos estatísticos que baseiam a obra de Gladwell), minha experiência de vida me diz que algumas pessoas têm facilidade para determinados assuntos, e dificuldades com outros. Assim, uma pessoa que tem facilidade para escrever pode atingir seu ápice antes das tais 10.000 horas; enquanto outra que tenha dificuldades com o tema provavelmente precisaria mais do que estas horas para se tornar uma sumidade. “Prática não é a coisa em que você é bom. É a coisa que faz com que você seja bom.” Malcolm Gladwell, escritor e jornalista britânico

Outro ponto que acredito é que as experiências são intercambiáveis em alguns casos.  Por exemplo, quem lê muito desenvolve uma certa facilidade para escrever, então é como parte das 10.000 horas necessárias para se tornar um excelente escritor pudesse ser "paga" com horas de leitura.

E é aí que reforço o poder - e a necessidade - de estabelecermos o hábito de escrever diariamente, se possível; no máximo a cada dois dias se não for. Se o hábito não faz o monge, com permissão para o trocadilho, o hábito pode sim fazer o escritor.
Independente de você acreditar ou não no que Malcolm Gladwell sugere em seu livro, é um fato incontestável que sua escrita só vai se melhorar com prática. E se você não tem o hábito de escrever, quando é que sua escrita irá melhorar?  E, acredite, por melhor que você escreva, sempre seus escritos atuais são melhores do que os de alguns anos antes.

Como todo hábito, estabelecer um hábito de escrita não é fácil. Na correira do dia a dia, nunca temos tempo para nada...  Ou será que temos?
Quanto tempo você passa por dia no WhatsApp, Facebook, Instagram ou sua rede social favorita, trocando ideias não necessariamente construtivas com amigos ou, muitas vezes, desconhecidos? Quanto tempo você perde passando de um canal para outra na TV, procurando algo para assistir? Ou vendo notícias repetidas em telejornais ou sites de informação? Ou jogando joguinhos repetitivos no celular?

A dolorosa verdade é que não nos falta tempo, o que falta é priorização. Falta vontade. Colocamos a culpa no cansaço, na falta de inspiração, em uma ou outra decepção que nos abate... Mas, apesar de tudo isso, continuamos com nossos antigos hábitos.

Estudos indicam que um hábito novo, em média, leva três meses para se estabelecer em nossa rotina, para "sentirmos falta" caso deixemos de fazê-lo algum dia, seja ele fazermos exercício em uma academia, deixar de fumar ou escrever um livro. Mas minha proposta para vocês é mais simples que isso.

Mais que uma proposta é um desafio: escolha AGORA um espaço de 30 minutos em sua agenda e reserve-o para escrever, todos os dias, sem interrupção. Pode ser no início do dia, no almoço, antes de dormir ou no intervalo das aulas. Você pode escrever no computador, no celular ou em papel, não interessa.  Escreva mesmo doente, mesmo se inspiração, mesmo que o mundo todo diga não. Escreva mesmo sem saber onde a história vai dar. Não se preocupe se o resultado está saindo bom, o que você está fazendo é meramente exercitar sua mente. E lembre-se que se você gostar do resultado, inspirado ou não, sempre será necessária uma revisão, então não perca tempo relendo ou revisando o que já fez: continue em frente, todos os dias, por um mês. 

Apenas um mês.  Eu garanto que sua vida e seu modo de ver a escrita vão mudar.

E você, conseguiu incluir em sua rotina o hábito de escrever? Tem alguma dica para os colegas? Compartilhe!

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31 de agosto de 2016

7 Coisas que aprendi - Por Rossana Cantarelli


"7 Coisas que aprendi" é uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, onde T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores e outros profissionais do mercado livreiro e literário para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Sempre é bom lembrar que em maio deste ano lançamos um e-book com 61 contribuições de escritores e profissionais do mercado.  E estamos agora juntando contribuições para a próxima edição!  Então, se você é escritor iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, se é editor, capista, ilustrador, revisor, agente literário ou mesmo um leitor ávido com algo para compartilhar, não perca tempo e envie sua contribuição para esta série de artigos!

Esta semana temos no Escriba Encapuzado a contribuição de Marcos Mota, autor da série de fantasia Objetos de Poder.  Saiba mais sobre o autor e sua série em seu site oficial, e leia suas "7 coisas" no Escriba Encapuzado.

E aqui no Vida de Escritor temos a contribuição de Rossana Cantarelli, que nos oferece algumas pérolas daquele bom senso que muitas vezes falta a alguns escritores, justamente por nunca terem parado para pensar sobre isso. Aproveitem!
  1. Não basta ter uma boa história, ela tem que ser bem escrita. Invista em cursos de português.
  2. Leia muito, mas jamais tente copiar o estilo de alguém. Descubra qual seu estilo.
  3. Aceite críticas e aprenda com elas.
  4. Avalie muito bem a editora que está pretendendo publicar seu livro. Não se atire na primeira por desespero.
  5. Uma boa história tem que surgir naturalmente, sem cobranças. E ela surge, pode ter certeza.
  6. Está sem inspiração? Largue tudo, vá caminhar ou tomar uma cerveja com os amigos. Não insista.
  7. Acredite em você. Se você não acreditar, ninguém vai fazer isso por você. Coragem!
 Sobre a autora: Rossana Cantarelli Almeida é gaúcha de Santa Maria. Advogada e Analista Jurídica da Procuradoria Geral do Estado. Casada com Marcelo há 9 anos. Mãe do Cassio, 5 anos; madrasta do Arthur, 15 anos. Mesmo quando tudo parecia perfeito em sua vida, alguma coisa a angustiava. Sem saber direito o que era, e em confidências com seu marido, ele lhe disse uma noite: apaixone-se por você! E foi então que Rossana começou a escrever. Sua história foi tomando forma; personagens, diálogos, dramas iam surgindo na sua mente. Até que nasceu “Apenas Respire – Rock e perfume: paixão no ar”, seu primeiro romance, publicado pela Editora Multifoco. Já tem outros dois livros escritos, à espera de publicação. Seu livro pode ser encontrado no site da editora Multifico e na Livraria Cultura .

* Projeto inspirado pela coluna “7 Things I’ve Learned So Far”, da revista Writer’s Digest.
Gostou das 7 dicas do Marcos? Quer aprender mais com a experiência de 58 escritores e mais 3 profissionais do mercado literário? Baixe agora o eBook gratuito da série 7 coisas que aprendi

Veja a opinião de outros autores no  Vida de Escritor e no Escriba Encapuzado.
Até o post que vem - e enquanto isso pensem em SUAS 7 coisas e enviem suas contribuições

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11 de agosto de 2016

Leitura crítica, agenciamento literário, revisão, editoras, distribuidoras... Conheça mais do mercado editorial!




L
eitura crítica, agenciamento literário, revisão, editoras, distribuidoras, livrarias...
Para quem está começando a escrever, são tantos os papéis e serviços envolvidos na criação, impressão, divulgação e venda de um livro que a confusão é certa.

 Seguindo, então, a sugestão de uma colega, neste post vamos dar uma visão (muito) simplificada de alguns dos profissionais e serviços envolvidos nos processos de criação, divulgação e venda de um livro. Qualquer dúvida, fiquem à vontade para perguntar!
Além destes papéis, há também clubes, associações e agremiações variadas de escritores e de leitores, coaches literários, empresas que promovem ações de storytelling corporativo e muitos outros indivíduos ou grupos que atuam de forma mais ou menos relacionada com o mundo literário; mas espero que o que apresento sejam aqueles papéis mais úteis para o escritor.
Escrever pode ser uma atividade solitária, embora não necessariamente o seja. Produzir um livro é obrigatoriamente um esforço conjunto
  • Leitor Crítico: O leitor crítico é, basicamente, um leitor profissional que vai ler seu texto à procura de problemas que possam atrapalhar sua aceitação pelos editores e leitores. Ele não vai consertar seu texto, e dependendo do leitor a crítica pode ser mais ou menos precisa, indicando pontos específicos a serem ajustados ou falando, de maneira geral, quais os grandes problemas da obra (como, por exemplo, "diálogos pouco convincentes"). A dica é: se você está pagando por este serviço, você tem o direito de entender bem a avaliação realizada; se não entendeu, retorne ao leitor crítico quantas vezes for necessário para que os problemas estejam claros em sua cabeça. Ele é o profissional, portanto ele tem a responsabilidade de gerar uma avaliação que seja útil a você!
  • Copidesque: O serviço de copidesque é um pouco mais "completo" (e, portanto, mais caro) que o realizado pelo leitor crítico: além de detectar problemas, o profissional de copidesque vai efetivamente alterar seu texto, o quanto for necessário, para adequá-lo aos "padrões de mercado" ou da editora. O autor continua sendo somente você, mas o texto pode ser radicalmente transformado neste processo.
  • Revisor:  O trabalho do revisor, usualmente, se resume a corrigir os erros de português de sua obra. Bons revisores vão também sugerir ajustes como diminuir frases muito longas ou tornar mais claros trechos que estejam obscuros, mas o mais comum é que não alterem seu texto neste caso.
  • Diagramador: O diagramador é quem vai pegar seu texto final e formatá-lo adequadamente para o tamanho de página, tamanho de letra, espaçamento entre linhas, tamanho das margens, detalhes nas aberturas de capítulo, ilustrações etc; conforme o livro a ser impresso. A dica aqui é: Um livro bem diagramado é bem mais fácil de ler e tem uma apresentação bem mais profissional; portanto não ache que você consegue fazer este trabalho sozinho. Economizar dinheiro com um diagramador é um dos erros mais comuns quando autopublicando.
  • Ilustrador: Se seu livro é infantil, a ilustração deve completar o texto, não simplesmente
    Saiba mais na Bíblia do Escritor
    repetir o que está sendo escrito. Se é um livro adulto, a ilustração muitas vezes serve meramente para quebrar um pouco a dureza de muitas páginas de texto. Uma dica: As editoras usualmente têm ilustradores cadastrados e que seguem o padrão visual da editora; então, não gaste dinheiro pagando um ilustrador antes de enviar o livro para editoras, pois eles podem simplesmente descartar o trabalho, por melhor que seja.
  • Capista: A capa é o primeiro elemento que chama a atenção do leitor, além de ser um elemento decisivo na compra. As dicas aqui são óbvias: Economizar dinheiro (quando autopublicando) fazendo sua própria capa é um enorme erro, pois o resultado é sempre visivelmente amador. E gastar dinheiro fazendo uma capa antes de enviar às editoras é desperdício de dinheiro.
  • Gráfica: É quem imprime o livro, apenas. Uma gráfica não irá realizar nenhuma das outras atividades desta lista.
  • Editora: Uma vez aprovado seu original, a editora vai realizar vários ou até todos os serviços desta lista, além de registrar na Biblioteca Nacional (sim, você pode registrar antes...), solicitar um ISBN para cada edição, montar a ficha catalográfica e muitos etc.
  • Editor: Dentro da editora, é o profissional responsável por selecionar os livros conforme as linhas editoriais que seja responsável. Este é o cara que você precisa impressionar.
  • Agente Literário: É o profissional que conhece bem o mercado, tem contato com editoras, conhece as leis que regem os direitos autorais, e que irá fazer a ponte entre o autor e a editora, gerindo a lado legal da carreira do autor, e encontrando editoras que desejem publicar seus livros. Ele poderá indicar serviços, por exemplo, de assessoria de comunicação e marketing, mas não está nas suas atribuições normais fazer tais serviços. Uma dica importante: O agente literário usualmente recebe um percentual dos royalties do livro destinados ao autor. Se um agente quiser lhe cobrar uma taxa mensal para lhe representar, ou se garantir que vai conseguir uma editora (ou até uma produtora de filmes...) para seu livro, desconfie muito. E fuja!
  • Assessor de marketing e/ou imprensa: São os responsáveis por procurar espaço para divulgação de seus livros na imprensa, internet e outros locais. Uma dica importante é avaliar a proposta de trabalho e verificar se o assessor tem experiência com divulgação no mundo virtual e como vai fazê-lo; este é um espaço que poucos profissionais têm experiência verdadeira.
  • Distribuidor: Os distribuidores fazem a ponte entre as editoras e as livrarias que não fazem parte de redes. As grandes redes de livrarias, como FNAC, Cultura, Leitura, Saraiva e outras, têm sua própria rede de distribuição.
A regra de ouro é a mesma para todos os serviços: nunca pague nada a ninguém sem antes 1) Conhecer que outros trabalhos foram realizados por aquele profissional e 2) Fazer uma pesquisa de mercado para saber se o preço sendo cobrado é justo.
Infelizmente neste mercado há muitos iniciantes e muitos profissionais que cobram muito acima da média de mercado, então todo cuidado é pouco!

E você, gostaria de completar com alguma informação? Esqueci algum serviço importante? Tem alguma dúvida? Comente e compartilhe com os colegas!

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