24 de outubro de 2012

A Coisa mais Importante (para um Escritor)

If you can't read Portuguese, check out Wendy Lawton's original post here: The most important thing.

N este post trazemos a participação muito especial de Wendy Lawton, agente literária norte-americana, com um artigo que achei particularmente útil e instrutivo.
O artigo original pode ser consultado em http://www.booksandsuch.biz/blog/the-most-important-thing, e foi traduzido com a autorização da autora.  Se você lê inglês, sugiro que leia os comentários do post original, que completam o artigo maravilhosamente.

Nós frequentemente falamos sobre todos os elementos necessários para um autor (a) conseguir um agente (b) conseguir um contrato (c) encontrar seus leitores e (d) construir uma carreira de sucesso. Sua cabeça de leitor de blog deve estar transbordando com todos estes conselhos valiosos.

Hoje eu me atribuí a tarefa de reunir tudo isso em apenas uma coisa. É como aquele desafio da ilha deserta. Você sabe, “Se você fosse ficar em uma ilha deserta e pudesse levar apenas uma coisa...”.

Há um grande número de possibilidades. Por exemplo, uma grande proposta editorial (query). Uma grande proposta editorial pode capturar a atenção de um agente e colocar a bola para rolar. Além disso, sua proposta dá uma visão geral de seu livro de forma bem resumida, diz quem você é, quem sua audiência provavelmente será e demonstra a qualidade de sua escrita. Isto é muito para colocar em uma única página. Por fim, sua proposta mostra a quem interessa quão bem pensado seu livro de prosa (não-ficção), ou quão criativo seu romance (ficção), deve ser.

Apesar de uma grande proposta realmente ser muito importante, não é isso.

E que tal suas capacidades? Sua habilidade de escrever é essencial e se você vai um passo além dos outros e escreve livros de tirar o fôlego, isto é uma grande diferença. Escrita que encanta vai sobrepujar uma proposta ruim, uma plataforma fraca, obscuridade e quaisquer outros obstáculos.

Apesar de uma escrita incrível realmente ser muito importante, não é isso.

Falando sobre plataforma, poderia esta ser a coisa mais importante?
Nós ouvimos o chamado por uma plataforma vigorosa, especialmente em não-ficção, ad nauseum. Quero dizer, se você tem 30.000 seguidores no Twitter e visitas ao seu blog que chegam a seis dígitos por ano, isso não seria uma garantia de sucesso? Não necessariamente.

Apesar de uma plataforma impressionante ser realmente muito importante, não é isso.

11 de outubro de 2012

7 Coisas que Aprendi, por Roberto Klotz

Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Neste post, com a palavra, o escritor convidado Roberto Klotz que escreveu as dicas "antes de olhar o que já havia no site para não ser influenciado". Segundo ele, o exercício foi difícil, mas o resultado gratificante.  Confiram!

3 de outubro de 2012

Workshop de Escrita de Ficção do Vida de Escritor, 7 Coisas e Revistas nas bancas


Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Nesta semana, no Escriba Encapuzado, a escritora paulista Fernanda de Aragão conta quais são as sete coisas que aprendeu, dando lições de sabedoria e de humildade que todo escritor deve sempre ter em mente.  Aproveitem!

Antes de falar da mais nova edição do Workshop de Escrita de Ficção que o Vida de Escritor está promovendo com o EscritaCriativa.Net, um recado rápido: Este mês temos duas revistas nas bancas com artigos de minha autoria: na Conhecimento Prático - Literatura falo sobre o conflito das gerações X, Y e Z e como isso afeta a literatura e os escritores; e na Conhecimento Prático - Língua Portuguesa falo sobre o que é e como fazer a leitura crítica de um texto. Corram enquanto elas ainda estão à venda!

E, finalmente, falemos sobre o
III WEF - Workshop de Escrita de Ficção
O WEF é um seminário voltado para escritores e roteiristas, apresentando técnicas bastante objetivas que vão desde a organização inicial de sua ideia até a revisão final do texto, passando por técnicas para estruturação da trama, construção de cenas e suas partes, desenvolvimento de personagens e artifícios para prender a atenção dos leitores, apresentando uma organização que orienta seu trabalho e evita os temíveis “bloqueios de escritor”.
Vamos apresentar e exercitar técnicas utilizadas por autores de sucesso, tais como J.K. Rowling, Dan Brown, Stieg Larsson, James Patterson e outros, que criaram bestsellers e venderam milhões de exemplares. Apesar de praticamente desconhecidas no Brasil, estas técnicas são utilizadas pelos escritores dos EUA e da Inglaterra há décadas, em cursos universitários para formação de escritores - coisa que, infelizmente, ainda não está estabelecida no Brasil.

Como acontece o III WEF: Nós acreditamos que somente a prática pode levar ao aprendizado e é este o enfoque didático que damos ao treinamento. Assim, o peso das oficinas equivale ao das palestras, e todos os tópicos abordados são objeto de exercícios individuais ou em grupo.

O que o III WEF tem de diferente: Os escritores latinos em geral têm sua capacidade literária mais desenvolvida do que seu lado técnico. Isto não é nenhuma característica diferenciada de nossa parte, mas sim porque as universidades e as academias no Brasil estão muito mais voltadas para o aspecto literário do que para a eficiência do contar. A não ser quando ministrado por raros professores visitantes, os workshops realizados no Brasil não envolvem as técnicas de escrita de ficção, sendo muito mais voltados para o lado da estética da escrita, ou seja, seu lado literário. Foca em detalhes do texto ao invés de prover uma visão mais ampla sobre a trama e o seu desenvolvimento.

Assuntos Abordados: O que é a cena. Mostrar versus contar. Cena, trama e estrutura. Desenvolvimento de Personagens. Criando um personagem. Curva do personagem. Premissa estruturada. Desenvolvendo a trama. Conflito e suspense. Técnicas de framingcliff-hanger e de jump-cut. Como lidar com os bloqueios criativos. Técnicas de encadeamento. Linhas dramáticas.

Público Alvo: Escritores e Roteiristas iniciantes ou em qualquer ponto da carreira que queiram dominar as técnicas narrativas de ficção utilizadas por autores de renome internacional.

Pré-requisitos: Não é requerida nenhuma experiência anterior como escritor ou roteirista.

Data de Realização: 7 a 9 de dezembro de 2012. O evento se inicia no dia 7, sexta-feira, às 9:00 e se encerra no domingo, dia 9, às 18 horas.

Clique aqui para mais informações e inscrever-se - Vagas limitadas! 

27 de setembro de 2012

10 erros comuns ao entrar em contato com um agente literário

If you can't read Portuguese, check out Rachelle Gardner's original post at http://www.rachellegardner.com/2012/07/query-mistakes/.

N
este post, trazemos a vocês alguns comentários de Rachelle Gardner, agente literária que atua nos Estados Unidos, dando algumas dicas sobre erros que escritores comumente cometem ao entrar em contato com um agente literário, e que podem ser resolvidos com um pouquinho de atenção.
Embora estas dicas sejam voltadas para aquele mercado, elas são igualmente valiosas no mercado brasileiro, tanto na procura de agentes literários quanto na procura de editoras.
O artigo original pode ser consultado em http://www.rachellegardner.com/2012/07/query-mistakes/, e foi traduzido com a autorização da autora.

Conforme avanço pela inundação diária de propostas de livros, é comum eu perceber quantas vezes vejo os mesmos erros, repetidamente. A maior parte deles não são grandes erros, mas quando um agente literário os vê repetidamente, eles se tornam mais perceptíveis. Então eu acabei montando uma lista dos problemas mais comuns nestas propostas.
Nenhum destes erros é fatal por si só. Não há nada nesta lista que me faz automaticamente rejeitar alguém. (Outros agentes podem ter outras abordagens.)
Mas cada erro tem o potencial de fazer você soar um pouquinho menos profissional, um pouquinho menos experiente, um pouquinho menos sério. Eles podem fazer parecer que você não presta atenção aos detalhes. De maneira geral, vale a pena você cometer o mínimo de erros possível.

Por favor preste atenção: Não estou falando sobre qualidade ou capacidade de vendas de seu livro aqui. A melhor forma de você criar uma proposta de sucesso é escrever um livro incrível, e mostrar isso em sua proposta. Suas rejeições mais provavelmente NÃO serão resultado de erros que estão nesta lista, mas sim serão baseadas na inadequação de seu livro para aquele agente específico (por razões variadas). Neste post, estou falando apenas sobre a mecânica da proposta editorial (query letter) em si.