s últimas semanas foram de grande emoção e muitas atividades para mim, mas espero que tudo se acalme por agora. Resumidamente, do dia 20 de Abril ao dia 5 de maio participei de três eventos que demandaram grande atenção de minha parte: A Bienal Brasil do Livro e da Leitura, a 4a Flipiri, Feira Literária de Pirenópolis e o II Workshop de Escrita de Ficção. Ainda não consegui colocar todas as fotos no ar, mas as dos dois últimos eventos já estão disponíveis em meus álbuns públicos. Mas não é sobre isso que quero falar hoje. Hoje quero falar de uma experiência reveladora por que passei no início da semana passada. | |
O final de semana anterior havia sido bastante interessante, pois desde sexta-feira estávamos, eu e o amigo escritor Oswaldo Pullen, realizando o II Workshop de Escrita de Ficção, do qual participaram 21 escritores nos mais diversos pontos da carreira. Como sempre, os resultados foram além dos esperados, não só para os alunos, que passaram pelo mesmo "UAU!" por que passei quando tive o primeiro contato com as técnicas que apresentamos, como também para nós, que (obviamente) sempre aprendemos muito com este rico contato entre escritores. | “Nenhuma batalha é vencida de acordo com um plano, mas nenhuma batalha é vencida sem um.”
Dwight D. Eisenhower, general e presidente dos EUA que lutou contra o Eixo na Segunda Grande Guerra
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Durante o evento, várias vezes acabei comentando sobre meus projetos passados e futuros, e quando era necessário dar uma estimativa de tempo para a conclusão de meu próximo projeto (de que ainda não posso falar, mas que prometo comentar a respeito assim que estiver terminando o primeiro tratamento), eu respondia que esperava terminá-lo "em cerca de três meses". Na segunda feira resolvi fazer o que já tinha recomendado aqui no blog, mas nunca tinha feito de verdade (Que vergonha! Casa de ferreiro, espeto de pau...): criei um cronograma para a produção deste trabalho. (Cabe aqui mais um pequeno parêntesis: Tudo o mais o que sugiro aqui e nos workshops eu realmente utilizo na prática, não me condenem por este "pequeno" deslize). Pois bem: qual foi minha surpresa ao colocar em um cronograma o tempo que estou levando para cada cena (1,5 dias por cena, 5 dias por semana) e o total de cenas que faltava escrever (84) e descobrir que o primeiro tratamento só ficaria pronto em 30 de outubro! Neste ponto, dei um puxão de orelha em mim mesmo: na prática, como às vezes acontecia de eu ficar alguns dias sem escrever por um motivo ou outro, provavelmente o livro só ficaria pronto no ano que vem! Aterrorizado com esta chocante revelação (tudo bem, posso estar dramatizando - e exagerando na quantidade de parêntesis - um pouco...) forcei-me a estabelecer uma meta mais arrojada de trabalho: terminar uma cena por dia, e tentar escrever mais de um dia por semana. Como estou usando uma ferramenta de gerenciamento de projetos, a cada dia que ganho consigo ver o impacto no final do projeto; e depois de duas semanas semana consegui ganhar seis dias, mesmo tendo incluído uma cena extra no livro. Neste ritmo, pode ser que efetivamente eu consiga terminar esta primeira versão em fins de agosto. A grande revelação, para mim, foi justamente essa: não adianta de organizar, seguir todo um processo de trabalho (como por exemplo o sugerido por mim no post "Seis Passos Mágicos para Escrever um Romance" - e tome mais um parêntesis!), se ao fim do dia você continua com a sua rotina de trabalho de escrever dia sim, dia não, semana sim, semana não. Faça como eu, ou pelo menos como eu estou fazendo afora: Faça um cronograma, de verdade. Calcule quanto tempo você acha que vai levar para cada parte de seu livro,e coloque isso no papel. Quando você faz isso, você passa a ter uma real noção do tempo que vai levar para escrever seu livro, e só ter esta noção já é um grande estímulo para nunca deixar para o dia seguinte o que você pode escrever hoje - porque, podem acreditar, SEMPRE vai ser mais tempo do que você acreditava! Depois deste plano pronto, faça seu máximo para superá-lo, para conseguir chegar a seus resultados antes do previsto. Porque na arte, assim como na vida, você só chega onde deseja chegar se souber para onde está indo, e se definir os passos e os tempos para chegar lá. Planeje-se, se tiver dúvidas comente aqui para esclarecermos, continue escrevendo. E não se esqueça de me convidar para sua próxima noite de autógrafos! (Um último parêntesis: Semana que vem falo de diálogos, conforme o pedido por um dos colegas que acompanham o blog!) |
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