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4 de janeiro de 2010

O Sucesso ainda é uma questão de escrever boas histórias...

A
ntes de mais nada, Feliz Ano Novo para todos! Já escreveram suas metas para este ano?
As minhas incluem divulgar melhor meus livros, inclusive um sobre criação de jogos de computador (que sai no final de janeiro), escrever artigos para revistas literárias e culturais (como a Bravo!, Piauí, Nós, Discutindo Literatura, o jornal Rascunho, Entre Livros, Língua Portuguesa e outras), manter e divulgar mais este blog (é claro), com postagens a cada 15 dias; e terminar e conseguir editoras para os dois livros que comecei a escrever ano passado, além de participar de algumas feiras literárias de que tradicionalmente participo.
Para atingir estas metas, estou preparando uma agenda com as metas a realizar a cada mês, para poder focar as energias em objetivos de curto prazo, sem perder de vista os objetivos de longo prazo. Sugiro que vocês façam o mesmo. Lembrem-se que a persistência é tudo (uma página por dia leva a 365 páginas ao fim do ano); e que para escrever bem é necessário, antes de tudo, treinar! Então, o que estão esperando? Eu estou em dia com minhas páginas!

Mas não é sobre isso que eu queria falar. Comentei em postagens anteriores que o mercado livreiro é justamente isto: um mercado. Em outras palavras, o escritor precisa se preparar para encarar sua obra de arte como um produto, que só será atrativo para as editoras se tiver um potencial real de venda ou, em outras palavras, um público-alvo bem definido e de tamanho significativo.
Para poder enfrentar com sucesso o desafio de conseguir uma editora e, mais que isso, chegar aos leitores, o escritor precisa muitas vezes se desdobrar para conhecer o mercado, o esquema de distribuição, as livrarias, e muito mais.

E se o mercado nacional é assim, imaginem como é o mercado americano, que é ainda mais competitivo, mais voltado para números; um mercado onde um pequeno escorregão pode colocar uma carreira ascendente por terra. Qual não foi minha surpresa, então, ao ler um texto (dentre os materiais de estudo que comprei quando fui a Los Angeles) de um dos maiores agentes literários dos Estados Unidos, onde por diversas páginas ele disse e reforçou que o sucesso para qualquer escritor “ainda é uma questão de escrever boas histórias”.
Falando com propriedade, ele reconheceu os desafios e dificuldades de novos autores, e as barreiras que o próprio mercado erige por conta do excesso de profissionalização e enrijecimento dos processos de trabalho em editoras e agentes.
Mas ele reconhece, neste texto, que o editor e o agente literário, com raras exceções, são pessoas que entraram para o mercado livreiro justamente por causa de sua paixão por livros; e que estas pessoas, ao se depararem com um bom texto, farão de tudo para conseguirem publicá-lo.
Corroborando estas declarações, li diversos depoimentos de outros agentes literários que dizem se sentir como crianças à procura de tesouros escondidos quando iniciam a leitura de cada original, e que este sentimento de busca pelos textos de qualidade é o que os motiva a continuarem na profissão.
A meu ver, o autor precisa, sim, saber mais do que “só” escrever boas histórias para conseguir um espaço ao sol. Mas estes conhecimentos a mais são adquiridos com a experiência, com o passar dos anos e o contato com outros profissionais da área.

Então, agora sim, segue minha sugestão para o ano que inicia: Continuem escrevendo, não desanimem, e procure sempre que possível o contato com outros profissionais do mercado do livro!

 “Podem me chamar de sonhador, mas eu não sou o único” (John Lennon): Se você tem boas idéias, não está fechado para aprender, e tem persistência para continuar em frente, o sucesso é apenas uma questão de tempo.