19 de dezembro de 2011

Prêmios Literários para 2012 e depois

migos!
Como falei no post anterior, já estou "fechando o ano", revisando quais metas fora atingidas e escrevendo as metas do ano que vem - que incluem, obviamente, lançar alguns livros, escrever outros, e dar mais alguns passos em meu plano de dominação mundial.
Mas antes do apagar das luzes, recebi um e-mail de um colega escritor perguntando se eu sabia que concursos literários aconteceriam em 2012.  Impossível não reservar um tempo para responder.  Mas não antes de confessar duas coisas: primeiramente, que não conheço uma fonte única e confiável para consultar todos os concursos - diferente das feiras literárias, organizadas no "Circuito Nacional de Feiras Literárias" da Biblioteca Nacional - http://www.bn.br/circuitodefeiras - pelo que a lista a seguir não é extensiva.
Em segundo lugar, mais um aviso que uma confissão: CUIDADO com os "concursos literários" que pipocam às centenas por aí.  Não vou nem entrar na polêmica discussão de prêmios como o Jabuti, que todo ano gera críticas por suas escolhas; a questão aqui são os concursos "caça-níqueis" de gráficas que se dizem editoras, em duas variações: você paga para se inscrever, e todos ou quase todos são "premiados" em coletâneas "selecionadas", ou você não paga para se inscrever, mas o resultado será um coletânea "custeada pelos vencedores" (o que é dito normalmente de maneira mais metafórica), onde você paga por página publicada e recebe alguns exemplares.  Se você fizer as contas, usualmente o preço por página é muito mais do que você pagaria a uma gráfica para fazer seu livro, e você receberia algumas centenas (e não dezenas) de livros.  Obviamente, se você quer sair do ineditismo, pode participar destes concursos, mas acredito que eles não ajudam nem ao currículo, uma vez que todo editor sabe que tais concursos são "de brincadeirinha", e não os levam tão a sério.
Como, então, selecionar os concursos? Leia as regras com calma e pesquise o histórico do concurso! Nem todo concurso sério é  gratuito, e nem todo concurso gratuito é sério, mas este é um bom indicativo. Concursos com premiação em dinheiro normalmente são mais sérios (embora nem todos o sejam). No final, a repercussão do concurso na imprensa e seu histórico de resultados é o que lhe dão maior credibilidade e valor.  Outra dica são os concursos promovidos por órgãos do governo (Sesc, Senac, Secretarias de Educação, Iphan...), que usualmente são mais, digamos, isentos.Antes de entrar em um concurso literário, pesquise as edições anteriores, leia os vencedores. Conhecendo o estilo dos vencedores, você pode
economizar tempo e dinheiro participando apenas daqueles em que realmente tem chance de vencer.
De minha parte, hoje em dia participo apenas do FC do B, concurso bianual para contos de ficção científica (http://fcdob.com.br/  - próxima edição só em 2013) , mais pelo esporte de me forçar a escrever algo inovador do que por qualquer coisa. Este ano fui premiado pela terceira vez, e tenho o prazer de dizer que o concurso está melhor e mais o concorrido a cada edição, o que com certeza acaba ajudando a construir sua credibilidade.
Mas como este é um assunto para horas em uma mesa de bar, seguem alguns concursos que coletei aqui e ali - atualizarei este post à medida que aparecerem novos concursos:

13 de dezembro de 2011

Quer escrever um livro? Defina suas metas!


im de ano no "Vida de Escritor!"
Estou saindo de férias e retorno em janeiro... talvez, só talvez, eu tenha um tempo para postar mais alguma coisa de hoje até minha volta, mas caso não seja possível já adianto meus comentários de fim de ano.
Como comecei o ano falando de metas e motivação, termino o ano falando de conquistas - e motivação.
Com a esperança de que isso sirva também para muitos de vocês, vou descrever meu processo de metas de fim de ano e o que tenho aprendido com ele no correr dos anos.
Bem, tenho guardados os mapas mentais (aprenda um pouco mais sobre eles neste antigo post sobre criação de personagens) com minhas metas dos últimos cinco anos, e é possível perceber algumas coisas.
Primeiro, que a cada ano meus mapas são menores, ou seja, tenho menos metas para atingir.  Isso não significa que estou trabalhando menos ou sendo menos ousado no planejamento, mas apenas que estou estabelecendo como metas apenas aquelas coisas que realmente pretendo atingir durante o ano.  Desta forma, no fim do ano tenho mais metas atingidas, e isso contribui bastante para que eu continue animado na busca de meus ideais. 
Evite metas grandiosas ou impossíveis, pense grande, mas mantenha os pés no chão!
"Nenhuma batalha é vencida de acordo com um plano, mas nenhuma batalha é vencida sem um"
Dwight D. Eisenhower, presidente americano responsável pela coordenação das forças aliadas na 2a Grande Guerra
Outra coisa que tenho realizado é dividir minhas "metas" em três grupos:
  • Metas do ano: aquelas que escrevo no início do ano e que dependem de um esforço contínuo para serem concluídas no ano, por exemplo, escrever um livro cuja premissa e ideias gerais já estão bem definidas.
  • 6 de dezembro de 2011

    Como gerar suspense (ou outras emoções...) em seus textos



    m "On Writing", Stephen King conta sua história de vida, desde suas primeiras experiências como escritor, passando pelo momento do primeiro "grande contrato" que mudou sua vida, e além, apresentando seu método de trabalho e dicas em geral - por exemplo, colocando a boa educação como uma das melhores ferramentas para conseguir-se um agente literário ou editora. O que ele não fala, até porque (aparentemente) ele o faz inconscientemente, é como ele consegue gerar certos efeitos em seus livros - por exemplo, como ele gera suspense ou tensão.
      Mas, antes de continuar, uma de suas dicas mais importantes: o uso excessivo de técnicas pode estragar a naturalidade do texto, e arruinar um bom trabalho.  A técnica não consegue tornar bom um autor ruim, mas consegue tornar passável um autor mediano, ou tornar muito bom um autor bom. Escrever é a melhor forma de aprender a escrever, então esta é a melhor técnica a ser seguida!"Técnicas não fazem milagres, podem apenas melhorar o que já é bom. E só se aprende a escrever bem escrevendo"
    Stephen King
    Aviso feito, seguem as dicas que apreendi dos livros de Stephen King e outros semelhantes.

    28 de novembro de 2011

    Dicas para escrever de Stephen King - Parte 2


    amos agora à parte que achei mais interessante das dicas do livro "On Writing" de Stephen King.
    Pois bem, como todo leitor assíduo do blog já sabe, volta e meia venho "martelando" a ideia da estrutura: "organize-se antes de escrever"; "se você não sabe onde a história vai, e quais os principais pontos onde ela vai passar, nem comece a escrever", e etc.
    Mas uma coisa sempre me incomodou nesta abordagem, como se ela fosse UMA verdade, mas não A verdade.  Afinal, se organizar suas ideias em uma estrutura antes de escrever é tão bom assim, porque nem todo mundo faz isso?  Porque Fernando Pessoa, Stephen King, André Vianco e muitos outros seguem a outra linha - a abordagem de "passos na neve" que já mencionei em outros momentos?
    Eu mesmo já escrevi um romance usando o método estruturalista ("O Nome da Águia") e outro usando o método de "pegadas na areia" ("As Incríveis Memórias de Samael Duncan", ainda sendo avaliado pela editora), e considero cada um uma obra de arte, o melhor que eu poderia fazer em cada momento - desculpem a falta de modéstia!  Vejam que eu não disse que são obras de arte, mas que eu os considero assim!.
    Pois Stephen King defende tão lindamente a abordagem não-estruturalista que decidi experimentar (de novo) na prática para ver como funciona, mas agora com o objetivo explícito de comparar as duas técnicas, em dois livros de certa forma semelhantes.  No momento, estou escrevendo dois livros, cada um com uma técnica, para poder depois lhes falar de primeira mão sobre minhas impressões."Quanto ao "plot", à estrutura da trama... isso é babela! Histórias crescem por si mesmas, e o plot apenas amarra seu andamento, tirando a naturalidade e a organicidade da história."
    Stephen King, escritor e rei
    Mas vamos aos comentários do Rei, e espero comentários de vocês com suas impressões sobre o assunto!