4 de agosto de 2010

Conseguindo uma indicação para seu livro

migos! Finalmente de volta das férias, vou começar os posts de dicas com uma resposta ao Gabito Nunes, do blog http://carascomoeu.com.br/ (@carascomoeu no twitter). Devido ao enorme destaque do blog do Gabito, (30 mil visitas/mês), “uma editora com ótima entrada no mercado resolveu bancar sua entrada no mercado editorial convencional”, como ele mesmo falou. Até aí, tudo ótimo. Acontece que a editora recomendou que ele buscasse um escritor de sucesso pra recomendar sua obra, como um "padrinho", o que levantou algumas questões, como “o quanto isso faz sentido”, “como entrar em contato com um escritor de sucesso” e outras. A seguir, transcrevo parte de minha resposta, que acho que traz dicas que podem ser úteis a qualquer escritor iniciante.
... no que eu conheço do mercado, o "corporativismo" ainda é muito forte ou, em outras palavras, uma indicação de alguém famoso ainda vale muito e abre muitas portas. Para vender, para conseguir algum destaque, é importante que o escritor monte sua rede de contatos com jornalistas, escritores, editores e outros do gênero. Isso também vale muito para os leitores: um livro de um desconhecido vale menos que um livro de um desconhecido com um prefácio do Paulo Coelho ou do Pelé (é, do Pelé, para o leitor médio não interessa se quem prefacia e indica é escritor ou crítico, mas sim se é famoso... :P). Provavelmente por isso sua editora pediu esta indicação. Da minha experiência com escritores famosos, eles quase nunca respondem a e-mail, e raramente leem originais, por simples falta de tempo (na maioria das vezes). Tenho um original que foi lido pela Lya Luft, mas ela só teve tempo de escrever uma frase de apresentação (um "blurb", como se chama nos EUA); mas isso foi em uma época em que ela não era tão badalada, então não sei se hoje ela leria um livro enviado por um desconhecido. Dito isso, vamos a algumas dicas: Antes de mais nada, procure autores com os quais você se identifica ou, melhor ainda, autores cujos trabalhos estão na mesma linha que o seu. Provavelmente as obras destes escritores têm o mesmo público-alvo que o seu livro, e também provavelmente eles devem gostar mais facilmente de seu trabalho que autores de outras linhas. Depois siga um dos passos a seguir, listados do mais fácil para o mais difícil.

9 de julho de 2010

Microtertúlias

ntes das férias, aproveito para publicar o texto do Fred Loal, escritor e amigo, que achei que tem tudo a ver com o que costumo falar aqui no blog.
Certos escritores escrevem e deixam as costuras à mostra, então podemos enxergar as tessituras da narrativa. Outros, muitos outros, não deixam nada à mostra, assim fica difícil visualizar todas as pregas, colas e encaixes da história que se conta. Exemplos do primeiro caso: sucessos de público, como Jorge Amado, John Grisham. Do segundo caso, James Joyce, Marcel Proust. Em meados do século passado, quem escrevia assim, algo nebuloso, mental, divagoso, era muito considerado. O Nobel William Faulkner escrevia de maneira genial sem deixar translúcida para o leitor as engrenagens da narrativa. Histórias de suspense ou de terror, por seu turno, tais como as de Edgar Allan Poe, em geral deixam tais tessituras ao alcance do tato do leitor. Me parece evidente que escritores de histórias policiais e de suspense não devem apostar em narrativas muito elusivas e elípticas, por assim dizer. Não se está falando que um modelo seja melhor do que outro. Mas é que, para escritores aprendizes, creio que o primeiro grupo faz muito bem; enquanto o segundo... Bem, pode ser fatal como modelo a ser seguido. É muito fácil errar na mão e se perder em viscosa massa de idéias metidas em infinitos discursos indiretos livres num mar de introspecção... Alguém diria: a criação é magia, sô. Ao que eu responderia: mas contar histórias, não; é trabalho, e dos que deixam a gente bastante aperreado! Aliás, gostaria de saber como os poetas montam seus caldos conotativos. Fred

8 de julho de 2010

Minhas publicações no iPad

ost super-rápido sobre minhas recentes publicações no iPad:

Aproveitem e divulguem!

7 de julho de 2010

Curso de Escrita Criativa da Sonia Belloto em Brasília! - e outras notícias...

ale a dica, para quem gosta de dicas: Conheça o blog da Ana Cristina Rodrigues, a “traça de livros falante”. Em seu último post, ela dá notícias sobre o livro que está produzindo com dicas para escritores iniciantes - http://talkativebookworm.wordpress.com/2010/07/06/dando-noticias. O trabalho dela é muito bom, aproveitem!

Vamos valorizar a cultura nacional! - Segue o recado do colega escritor João Bosco, da Casa de Autores: Assine e divulgue a petição para que o cordel seja reconhecido como patrimônio imaterial, em http://www.petitiononline.com/cordel/petition.html

Por último, mas MUITO importante: Não percam a oportunidade única de participar do Curso de Escrita Criativa para Formação de Escritores, da Fábrica de Textos. O curso será apresentado pela Sonia Belloto, autora do livro "Você já pensou em escrever um livro?", que traz a experiência de mais de setenta destes cursos apresentados em São Paulo! Ao fazer contato com a Fábrica de Textos (detalhes a seguir) por favor mencionem que foram indicados por mim - e qualquer dúvida podem também falar comigo!


Estou de saída para umas férias, daqui a três ou quatro semanas volto com mais dicas. Sugestões são sempre bem vindas!