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25 de janeiro de 2012

Sobre auto-publicação, ebooks e o futuro dos livros e dos escritores...

irei férias do mundo.  Um mês de isolamento, sem pensar em projetos ou metas.  Acho que todos precisam fazer isso de vez em quando, recarregar as baterias é essencial para manter a motivação, e não só na profissão de escritor.
Retornei semana passada, mas só hoje tive tempo de retornar ao blog, pois o ano começou bastante animado: editais de concursos de roteiros de curta-metragem (do Ministério da Cultura e da Teleimage e Casablanca), convites para participar de duas antologias de contos, organização do próximo "Workshop de Escrita de Ficção", convite para atuar como jurado em um desafio para escritores, e ainda os livros para escrever... Não vou perturbá-los com isso, mas à medida que novidades interessantes apareçam, vou lhes informando!
Ainda há vários comentários no blog com respostas pendentes (vou tentar responder a todos ainda esta semana), mas vou começar o ano atendendo ao pedido de Thiago Damasceno para falar sobre auto-publicação.  Há tanto o que falar sobre o assunto, e estou em um momento de tantas ideias na cabeça, que desde já peço desculpas se este post ficar sobrecarregado de informações!
A primeira pergunta que vem à baila quando se fala deste assunto é: Quais as vantagens de ser publicado por uma editora, em relação a publicar por conta própria?
Já respondi com certa profundidade esta questão em alguns posts antigos, Auto-Publicação - vale a pena?  e Auto-publicar ou procurar uma editora? Livros virtuais ou de papel?.  Estes dois posts dão uma boa visão do que se pode esperar de cada uma destas alternativas.  Além destes, recomendo a leitura do "Choque de realidade" para escritores, que apresenta uma boa visão do que se pode esperar quando adentrando no mundo das letras. 
Os maiores desafios do escritor que se auto-publica são a distribuição (fazer o livro chegar ao leitor) e a divulgação (fazer o leitor chegar ao livro).
A segunda pergunta, já um pouco respondida no post Auto-publicar ou procurar uma editora? Livros virtuais ou de papel?, normalmente é: O que é melhor, publicar o livro em papel ou em formato eletrônico? 

9 de julho de 2010

Microtertúlias

ntes das férias, aproveito para publicar o texto do Fred Loal, escritor e amigo, que achei que tem tudo a ver com o que costumo falar aqui no blog.
Certos escritores escrevem e deixam as costuras à mostra, então podemos enxergar as tessituras da narrativa. Outros, muitos outros, não deixam nada à mostra, assim fica difícil visualizar todas as pregas, colas e encaixes da história que se conta. Exemplos do primeiro caso: sucessos de público, como Jorge Amado, John Grisham. Do segundo caso, James Joyce, Marcel Proust. Em meados do século passado, quem escrevia assim, algo nebuloso, mental, divagoso, era muito considerado. O Nobel William Faulkner escrevia de maneira genial sem deixar translúcida para o leitor as engrenagens da narrativa. Histórias de suspense ou de terror, por seu turno, tais como as de Edgar Allan Poe, em geral deixam tais tessituras ao alcance do tato do leitor. Me parece evidente que escritores de histórias policiais e de suspense não devem apostar em narrativas muito elusivas e elípticas, por assim dizer. Não se está falando que um modelo seja melhor do que outro. Mas é que, para escritores aprendizes, creio que o primeiro grupo faz muito bem; enquanto o segundo... Bem, pode ser fatal como modelo a ser seguido. É muito fácil errar na mão e se perder em viscosa massa de idéias metidas em infinitos discursos indiretos livres num mar de introspecção... Alguém diria: a criação é magia, sô. Ao que eu responderia: mas contar histórias, não; é trabalho, e dos que deixam a gente bastante aperreado! Aliás, gostaria de saber como os poetas montam seus caldos conotativos. Fred