16 de fevereiro de 2012

Concursos de contos, poesias, crônicas... aproveitem!

N
otícias rápidas sobre concursos literários - alguns encerram as inscrições no fim de fevereiro, corram!

Sugiro também visitarem o blog do Gian Danton, que dedica diversos posts a estas e outras antologias de contos: http://ivancarlo.blogspot.com/search/label/Antologias
"Competir, cair, levantar, Perder, tentar de novo.
Vencer, talvez.

Desistir jamais."

Gostou?  este post!

13 de fevereiro de 2012

Dúvidas de Escritores: Dúvidas comuns entre escritores: Registro de livros, participação em associações etc

P
arabéns! 
Você acaba de escrever a palavra "FIM", colocando um ponto final a longos (e quiçá dolorosos) meses de trabalho, concluindo assim seu primeiro livro!
Ou será que não?
O alívio da conclusão é seguido pela angústia do "e agora"?
Juntando diversas questionamentos levantados nos comentários, vamos esclarecer pelo menos alguns pontos a este respeito.
Bem, vou assumir que todos já sabemos que, após terminada a primeira versão do livro, precisamos controlar nossa ansiedade e deixá-lo "dormir" na gaveta por no mínimo três semanas, ou pelo tempo suficiente que seja necessário para começarmos a nos interessar por outro projeto - seja um conto ou poesia para um concurso, seja um novo romance.  Depois deste tempo, devemos reler o livro com a meta de retirar tudo o que é supérfluo (como informações que não contribuem para a história, trechos incluídos para homenagear amigos ou parentes etc), corrigir erros, melhorar diálogos, incluir mais referências aos 5 sentidos, revisar e ajustar o ritmo de leitura.  No final, a meta é ter um livro melhor, e pelo menos 10% menor.  Depois?  Refazer este processo, pelo menos mais uma vez."Meu sonho de vida é recolher-me para escrever, enviar a criação para a editora e voltar à reclusão"
Salman Rushdie, premiado romancista, ensaísta indo-inglês e utopista
Já que sabemos disso, passemos ao que não sabemos: preciso registrar meu livro na BN - Biblioteca Nacional?  Ou devo registrar em um cartório de títulos? Devo me filiar a alguma associação de escritores? Preciso ter um livro publicado para fazê-lo?  Meu livro é o primeiro de uma série, e tem uma "marca", um logotipo que identifica o livro ou os personagens, devo registrar isso também?  Como?  Como consigo uma editora? E depois que conseguir, posso voltar para escrever meu próximo livro?

6 de fevereiro de 2012

Como conseguir contatos - ou o seu espaço - no mercado editorial

E
 m 1998, estimulado pelo escritor Ronaldo Cagiano, tirei meus originais da gaveta, revisei-os, organizei-os e preparei-me para publicar meu primeiro livro: "A Caixa de Pandora e Outras Histórias", um livro de contos recheado de histórias que ainda hoje mexem com minhas emoções. 
Animado com o volume em minhas mãos, enviei o trabalho para um monte de editoras, algo entre vinte e trinta.  No correr de muitos e angustiantes meses de espera, colecionei cerca de uma dúzia de educadas e padronizadas cartas de recusa.  Apenas uma destas foi um pouco mais personalizada, com um atencioso editor falando que gostou do trabalho, mas infelizmente ele "não se enquadrava em sua linha editorial", e sugerindo que eu procurasse por certa pessoa em uma outra editora, que poderia estar interessada.  Resumindo a história: ela não estava.
Resolvi então mudar de abordagem: eu confiava que o trabalho era de qualidade, então iria vendê-lo olho-no-olho, nada de cartas.  Liguei para São Paulo, agendei reuniões com cinco editores que achei que poderiam se interessar pela obra.  Qual não foi minha surpresa, 1.000km de estrada depois, quando só fui recebido por dois dos cinco editores, e apenas um deles quis efetivamente ficar com meu livro para avaliação.
Retornei à minha cidade natal, e novamente o Cagiano veio a meu socorro, apresentado-me uma editora de confiança que tinha uma linha para novos autores, onde os autores custeavam a edição, e a editora entrava com os trabalhos de diagramação, revisão, capa, registro na BN, distribuição e venda.  O livro foi publicado, então, no ano 2000, com uma edição de 1000 exemplares e uma segunda (já custeada integralmente pela editora) de 500 exemplares alguns anos depois.
De lá para cá aprendi muito sobre o mercado, e inspirado pelo exemplo do Ronaldo Cagiano venho passando este aprendizado para frente.   Mas algumas coisa sempre me incomodaram: O mercado editorial brasileiro é realmente tão menos "profissional" (no sentido de organizado) que o americano, ou isso é uma ilusão? E seria verdade que só é possível entrar neste mercado com algum tipo de indicação?  E se isso for verdade, como conseguir esta indicação?
Estas questões rendem um livro inteiro, mas vou tentar resumir alguns pontos mais importantes - como sempre, fico aberto a aprofundar qualquer ponto, conforme seus pedidos nos comentários.
Não desanime na procura por uma editora, pois
"Existem mais porcarias publicadas do que gênios incompreendidos nunca descobertos pelo mercado editorial"
Lya Luft, romancista, poeta, tradutora, mãe e avó, em palestra no CCBB
Começando pelo profissionalismo: Pela minha experiência, a organização mercado americano é com certeza maior, muito maior, o que não necessariamente é bom para o escritor.  Raramente um escritor fala direto com uma editora, o "filtro" prévio de um agente literário é obrigatório. 

25 de janeiro de 2012

Sobre auto-publicação, ebooks e o futuro dos livros e dos escritores...

irei férias do mundo.  Um mês de isolamento, sem pensar em projetos ou metas.  Acho que todos precisam fazer isso de vez em quando, recarregar as baterias é essencial para manter a motivação, e não só na profissão de escritor.
Retornei semana passada, mas só hoje tive tempo de retornar ao blog, pois o ano começou bastante animado: editais de concursos de roteiros de curta-metragem (do Ministério da Cultura e da Teleimage e Casablanca), convites para participar de duas antologias de contos, organização do próximo "Workshop de Escrita de Ficção", convite para atuar como jurado em um desafio para escritores, e ainda os livros para escrever... Não vou perturbá-los com isso, mas à medida que novidades interessantes apareçam, vou lhes informando!
Ainda há vários comentários no blog com respostas pendentes (vou tentar responder a todos ainda esta semana), mas vou começar o ano atendendo ao pedido de Thiago Damasceno para falar sobre auto-publicação.  Há tanto o que falar sobre o assunto, e estou em um momento de tantas ideias na cabeça, que desde já peço desculpas se este post ficar sobrecarregado de informações!
A primeira pergunta que vem à baila quando se fala deste assunto é: Quais as vantagens de ser publicado por uma editora, em relação a publicar por conta própria?
Já respondi com certa profundidade esta questão em alguns posts antigos, Auto-Publicação - vale a pena?  e Auto-publicar ou procurar uma editora? Livros virtuais ou de papel?.  Estes dois posts dão uma boa visão do que se pode esperar de cada uma destas alternativas.  Além destes, recomendo a leitura do "Choque de realidade" para escritores, que apresenta uma boa visão do que se pode esperar quando adentrando no mundo das letras. 
Os maiores desafios do escritor que se auto-publica são a distribuição (fazer o livro chegar ao leitor) e a divulgação (fazer o leitor chegar ao livro).
A segunda pergunta, já um pouco respondida no post Auto-publicar ou procurar uma editora? Livros virtuais ou de papel?, normalmente é: O que é melhor, publicar o livro em papel ou em formato eletrônico?