19 de março de 2010

Feiras e Festas de Livros, e Write in Atlanta

Um post curto, para aproveitar 15 minutos de tempo com algumas novas impossíveis de não passar adiante: 1) Write in Atlanta! Um evento organizado pelo James McSill e pela Mardeene Mitchel, que unirá autores brasileiros, portugueses e (por que não?) americanos em Atlanta para reuniões diretas com renomados profissionais do mercado americano, brasileiro e inglês, além de workshops que tem o potencial de alavancar a carreira de qualquer (bom) escritor! Aproveite! mais informações no blog da Flavia e da Georgia, "O que elas estão lendo" (http://elasestaolendo.blogspot.com/2010/03/write-in-atlanta.html), e no site do evento, http://www.write-the-world.com/ . 2) Flipiri, a Festa Literária de Pirenópolis! A festa realmente foi MUITO legal! Quem perdeu, dê uma conferida no blog da Casa de Autores (http://casadeautores.blogspot.com/), com uma bela crônica da Rosângela Vieira; e nos blogs das escritoras Alessandra Roscoe (http://contoscantoseencantos.blogspot.com/) e da Tatiana Oliveira (http://sementesdeleitura.blogspot.com/). 3) Feira do livro de Capão da Canoa! Saiba mais no blog do Helton Cenci, em http://hrcenci.blogspot.com/2010/03/lancamento-na-4-feira-do-livro-de-capao.html Aproveite e coloque estes blogs entres seus favoritos - valem à pena! Forte Abraço!

15 de março de 2010

FLIPIRI - Festa Literária de Pirenópolis

Cheguei ontem da Flipiri - Festa Literária de Pirenópolis. A festa foi MUITO boa, com larga participação da Casa de Autores (Saiba mais sobre nós em http://casadeautores.blogspot.com), e muitos nomes famosos como os escritores Ignácio Loyola de Brandão, Moacir Scliar e André Neves, o cineasta Vladimir Carvalho e a homenageada da Festa, a atriz e escritora Eliane Lage. Na festa, apresentei duas oficinas; uma para professores e outra para crianças. Na palestra para os professores falei sobre como estimular os alunos a escrever mais e melhor, e com isso se tornarem também melhores leitores. Gosto muito desta palestra, criada com conceitos tirados do material didático do projeto BIA-DF para capacitação de professores e coordenados. Quem se interessar, pode conferir a palestra em meu site, http://www.alexandrelobao.com, na seção "Para escritores", no link "Palestras" (no canto superior direito da página). A segunda oficina foi sobre criação de histórias, para crianças. Nesta oficina, eu apresento os elementos básicos de uma história, de maneira bem simples: criação de um personagem e a estrutura da história, tendo como ponto central a idéia de uma mudança (o "conflito"). Depois, partimos para a criação de uma história coletiva. Já fiz isso com uma turma de cerca de 100 crianças com sucesso, mas desta vez tinha um menino hiperativo que tornou a oficina um desafio. No fim, conseguimos criar uma história: A vida do ET "Marteus", com as coisas que ele gostava de fazer e como ele superou a perda de seus pais. Engraçado como criança é cruel: quer ver o personagem sofrer! Mas no fim, quando tudo se resolve, todos gostam! No fim da oficina, as crianças saíam da sala e uma menininha, com seus oito anos de idade, virou para mim, agradeceu e disse que tinha gostado muito. Pois é, é como eu sempre digo: o autor que deseja fazer sucesso precisa se fazer presente, entrar em contato com seu público e divulgar seu livro, em trabalhos como esse, de formiguinha. O que eu talvez ainda não tenha dito é que há estas pequenas recompensas pelo caminho, com um sorriso de criança aqui ou ali, um aperto de mão apertado do lado de lá, e um e-mail ou outro de agradecimento mais adiante. A vida de escritor é dura, e ganhar a vida como escritor requer dedicação e perseverança. Mas querem saber? Vale cada segundo!

12 de março de 2010

Tudo o que você queria saber sobre como escrever um livro!

emana complicada... Algumas horas de exames em hospitais, e três palestras para dar amanhã na Flipiri - Festa Literária de Pirenópolis. Explica, mas não justifica a demora nos posts! ;)
Para evitar um silêncio mais prolongado, vou postar algumas sugestões de leitura, em resposta a uma pergunta que me enviaram por e-mail por "meta-literatura" - literatura que ensine a produzir literatura.
Muitos livros já foram escritos sobre o processo criativo, com diferentes abordagens para apoiar a criação literária, e alguns outros sobre o mercado editorial, e outros ainda concentrados em determinadas partes da produção de um romance, como a criação de personagens ou a estruturação do enredo. A lista a seguir, longe de ser exaustiva, é pelo menos um ponto de partida interessante para quem deseja se aprofundar no assunto.

22 de fevereiro de 2010

Oficinas Literárias, Oficinas de Escrita Criativa, Oficinas de Criação de Texto, Oficinas...

O Brasil viu, nos últimos anos, o crescimento da oferta e do número de pessoas interessadas em participar de oficinas de escrita criativa.Para entender um pouco deste movimento, precisamos estudar as suas origens, no movimento similar que ocorreu nos Estados Unidos e que ganhou força na segunda metade do século passado. Estas oficinas, nos Estados Unidos, desembocaram na criação de diversos cursos universitários com aulas práticas de literatura, e se tomaram tal vulto que Mark McGurl, em “The Program Era”, chega a dizer que é impossível comprender a literatura norte-americana do pós-guerra sem conhecer os programas universitários de escrita criativa.Diversos autores nacionais foram beber desta fonte, como Affonso Romano de SantAnna, Raimundo Carrero e Charles Kiefer, que estudaram na universidade de Iowa e se tornaram destacados escritores e renomados divulgadores da arte da escrita. Raimundo Carrero conduz oficinas de escrita criativa de altíssima qualidade em Pernambuco, e reuniu as experiências de 15 anos de oficinas no livro “Os segredos da Ficção”, publicado em 2005 pela editora Agir. Charles Keifer apresenta oficinas semelhantes há vinte anos no Rio Grande do Sul, e além de uma vasta bibliografia traduziu para o português alguns livros sobre técnias de escrita, como “Como aprendi a escrever” de Máximo Gorki e “Assim se escreve um conto”, de Mempo Giardinelli, e outros. Affonso Romano de SantAnna, já nos anos 70, uniu-se a Silviano Santiago e realizou as primeiras oficinas dentro de universidades brasileiras (no caso, a PUC-RJ), lançando livros como “Por um novo conceito de literatura brasileira" e “O que aprendemos até agora”, relatando suas experiências nos cursos de letras. Depois destes pioneiros, muitos outros escritores abriram caminho e estabeleceram oficinas que já se tornaram referência de qualidade, em diversos estados. É o caso, por exemplo, de Marcelino Freire, que apresenta oficinas (sempre lotadas) na Casa das Rosas e no espaço Barco, em São Paulo; das quase cem oficinas realizadas para a Fábrica de Textos pela escritora Sônia Belloto (autora de “Você já pensou em escrever um livro”, com múltiplas edições); do “Laboratório do Escritor”, que acontece na Realejo Livros, em Santos; das oficinas oferecidas pela Casa do Saber; das oficinas de produção de texto de Luiz Antonio de Assis Brasil e Luís Augusto Fischer no Rio Grande do Sul; das oficinas de Oswaldo Pullen em Brasília (uma delas começando agora em março - inscrições abertas), e muitas outras. Os exemplos das oficinas são muitos – com certeza esqueci de mencionar diversas delas. No entanto, o objetivo destas oficinas é um só: mostrar que escrever não é (apenas) um dom e mais, mostrar que existem técnicas que ajudam a vencer o medo de escrever, organizar seu texto e produzir trabalhos de melhor qualidade. Além disso, a troca de experiências nestas oficinas ajuda a estimular tanto a imaginação quanto o lado crítico dos participantes, dando a eles instrumentos para melhor entender os trabalhos de outros escritores e, com isso, também aprimorarem os seus. Recomendo fortemente a todos os leitores realmente interessados em escrever um romance que participem de oficinas literárias, mais de uma, se possível. A cada oficina aprendemos mais um pouco, e aprendemos que o que faz um bom escritor é tudo que ele aprendeu, e mais, como ele sabe transpor isso para sua obra.