20 de fevereiro de 2013

7 coisas que aprendi, por Pâmela Rodrigues e Nelson Magrini

Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Nesta semana temos uma publicação dupla: no Escriba Encapuzado o experiente escritor Nelson Magrini dá uma contribuição valiosa para esta série; enquanto aqui no Vida de Escritor a escritora Pâmela Rodrigues compartilha conosco seus não menos valiosos insights sobre a carreira de escritor.
Curtam, comentem, e semana que vem retornamos com mais algumas informações sobre criação de personagens, respondendo a questionamentos recebidos nos comentários e por email.

Com a palavra, a escritora convidada Pâmela Rodrigues.
  1. Não se rotule;
    Se quiserem rotular você como escritor de um determinado gênero, não discuta. As pessoas, muitas vezes, têm a necessidade de "encaixar" todo mundo em grupos (seja lá do que for). Mas, é muito diferente quando você se rotula. Quando um escritor assume um rótulo ele se limita. É complicado desfazer a imagem pintada depois. A criadora do Harry foi rotulada como escritora infantil. Recentemente lançou um livro com gênero bem diferente e anda recebendo críticas-recado que a mandam voltar para a seara que ela domina. Claro que um escritor pode ignorar as críticas e ser feliz. Entretanto, quem se permite rotular pode se aprisionar. Depois de aprisionado, precisará se permitir libertar. São processos distintos e difíceis. Escrever é arte. E arte precisa de liberdade (do artista) para existir. Não vou entrar nas diversas prisões que uma pessoa pode ter, mas a prisão do campo de atuação pode ser muito nociva para um grande talento.

14 de fevereiro de 2013

Como dar vida a seu personagem - E dicas de cursos, concursos e livros para escritores!

A
ntes de voltarmos ao assunto dos personagens, gostaria de passar algumas dicas de leitura, cursos e concursos a vocês:
  • Não percam o livro "Ficcionais – Escritores revelam o ato de forjar". Organizado por Schneider Carpeggiani para a Editora Cepe, este livro traz diversos depoimentos de escritores sobre o ato de escrever, com certeza vale à pena.
  • Estão abertas até 1 de junho as inscrições para o 13º Concurso Nacional de Contos Josué Guimarães. Até três contos por autor podem ser inscritos até 1º de junho. Os dois primeiros colocados receberão o troféu Vasco Prado e uma premiação em dinheiro (R$ 5.000 para o primeiro e R$ 3.000,00 para o segundo). Confira mais detalhes no site do concurso.
  • Até 28 de fevereiro estão abertas as inscrições para I Concurso de Prosa, Poema e Fotografia no âmbito do Plano Juventude Viva, uma ação do Plano de Prevenção à Violência contra a Juventude Negra. O concurso destina-se a jovens entre 15 e 29 anos, e irá premiar os 30 melhores trabalhos apresentados nas três categorias. Veja mais detalhes no site da Juventude Viva.
  • Se você mora em São Paulo, corra que ainda dá tempo (até dia 19 de fevereiro!) de se inscrever no CLIPE - Curso LIvre de Preparação do Escritor, promovido pelo Centro de Apoio ao Escritor (CAE) e que ocorrerá na Casa das Rosas, no Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura (Av. Paulista, 37, São Paulo. Tel.: 11 3285-6986). O curso é composto por oito módulos mensais com oito aulas cada, sendo cada módulo ministrado por um professor convidado. As aulas serão realizadas às quintas-feiras, das 19h30 às 21h30, e aos sábados, das 10h às 12h. Mais informações e inscrições, no site da Casa das Rosas.
Agora, voltemos ao assunto dos personagens!

No post anterior, sobre o que torna um personagem inesquecível, comentei que o mais importante é deixar o personagem criar vida e tomar as rédeas da história.
Mas como, na prática, fazemos isso?
Acredito que cada autor deve ter sua técnica particular, então vou compartilhar algumas das minhas ferramentas aqui, na esperança de conhecer um pouco as de vocês.

''A perfeição é chata: um bom personagem tem defeitos, pequenas manias e incongruências que o tornam único"

O primeiro passo a dar é ter certeza que seu personagem começa bem, detalhando-o bem física e psicologicamente, ainda em termos simples. Assim, quando começar a se organizar para escrever seu livro, entreviste seu personagem com perguntas simples: Qual a sua idade? Como é o nome de seus pais? Onde você nasceu? Onde mora? A seu ver, quais são as suas três melhores qualidades? E os seus três piores defeitos? Como seus amigos veem você; qual a característica de que eles lembrariam? Ele tem algum animal de estimação? Se tem, ou se tivesse, qual seria?

4 de fevereiro de 2013

O que torna um personagem inesquecível?


D
entre os posts mais acessados aqui no Vida de Escritor sempre aparecem aqueles em que falo sobre personagens, mas o assunto é tão amplo – desde a escolha de nomes até os diálogos, passando sobre qual a melhor forma de apresentar um personagem e como (ou se) descrevê-lo.  Vamos então dedicar não apenas um, mas dois posts ao assunto!
Antes, no entanto, vamos conhecer as mais recentes contribuições de escritores para a série "7 coisas que aprendi".

Em uma iniciativa conjunta* entre os blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, T.K. Pereira e Alexandre Lobão convidam escritores para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, envie sua contribuição para esta série de artigos!

Nesta última semana o blog do Escriba Encapuzado publicou dois novos artigos da série!  Então, visitem agora o Escriba Encapuzado para saber quais as 7 coisas que aprenderam:
* Projeto inspirado pela coluna “7 Things I’ve Learned So Far”, da revista Writer’s Digest.
Veja a opinião de outros autores no  Vida de Escritor e no Escriba Encapuzado.

Voltando, então, ao assunto "personagens".
Bem, como quase tudo no mundo da literatura (ou, me arrisco a dizer, no mundo real), não há uma resposta certa sobre como criar personagens inesquecíveis – há várias.
Desta forma, resolvi então pinçar alguns pontos que a meu ver são cruciais para dar autenticidade aos seus personagens, e abrir a questão a vocês: enquanto leem, vão pensando: o que torna um personagem inesquecível?
''Um personagem realmente bom é como um amigo distante de quem recebemos notícias. Sofremos quando as notícias são ruins, exultamos quando são boas, e torcemos continuamente pelo seu sucesso.''
Despertar a empatia do leitor – Para mim, este é o ponto mais importante: se o leitor não se interessar pelo destino do personagem, por melhor que seja a trama a história não convence. O protagonista pode ser “do mal”, como um assassino serial? Pode ser uma pessoa completamente comum, com uma vida chata? TUDO pode, desde que cative o leitor, desde que o leitor queira saber como o personagem irá resolver seus dramas pessoais, como ele irá atingir suas metas.