31 de dezembro de 2013

Conheça o CLFC - e Lançamento da Somnium 107!


Há pouco tempo escrevi um post sobre a importância dos clubes de leitura, inclusive divulgando uma sugestão de estatuto para estes clubes que chegou às minhas mãos.

Neste último post do ano, curtinho, quero divulgar a nova edição da Somnium, revista virtual publicada pelo CLFC - Clube de Leitores de Ficção Científica, e aproveitar para completar as informações sobre clubes de leitores, lembrando que há cada vez mais clubes virtuais de leitores, que também precisam estar na mira de qualquer escritor que deseje divulgar seu trabalho de maneira mais séria.
O CLFC é um clube de leitores com larga história: oficialmente criado em dezembro de 1985, o clube reúne entusiastas do gênero de ficção científica.  Logo de cara, iniciaram uma publicação (o "Boletim do Clube de Leitores de Ficção Científica") que, através de concurso com os leitores, foi batizado de "Somnium" a partir da sétima edição."Eu defino Ficção Científica como a Arte do Impossível"
Ray Bradbury, um dos mais celebrados escritores americanos do século XX
De lá para cá o CLFC participou e fez história dentro do gênero de Ficção Científica no Brasil: publicou 100 edições do Somnium impressas até 2007, que ajudou a revelar muitos escritores atualmente reconhecidos, publicou coletâneas, organizou premiações e muito mais.  Visite o site do CLFC para saber mais sobre o clube.

A Somnium atualmente é gratuita e publicada em formato virtual, e tenho orgulho de participar com um conto, "O paradoxo de eu mesmo", na edição 107, publicada no aniversário de 28 anos do clube.

A revista também traz  uma entrevista concedida por Richard Diegues ao presidente do CLFC Clinton Davisson, uma homenagem de Álvaro Domingues à Tarja Editorial, que recentemente encerrou suas atividade, resenhas das obras "O Alienado" (de Cirilo S. Lemos), "Metanfetaedro" (de Alliah), "Reis de Todos Os Mundos Possíveis" (de Octavio Aragão) e "Paradigmas Definitivos" (de vários autores), além de contos de Andre Zanki Cordenonsi, Osame Kinouchi, Adrianna Alberti e Ronald Rahal.

Vale destacar a belíssima ilustração de capa, produzida por Jano Vesina Janov e com layout e diagramação de Marcelo Bighetti.

E não percam os próximos posts, com uma nova (e mais efetiva) forma de de definir e atingir metas para sua carreira em 2014; e a participação especialíssima de James McSill na série "7 Coisas que aprendi"!


E você, o que gostaria de ver aqui no "Vida de Escritor" em 2014? Comente e participe!

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24 de dezembro de 2013

Feliz Natal para todos, e até 2014!

no que vem retornamos com novidades, inclusive uma interessante nova série de artigos: "Quem é quem", apresentando diversos profissionais que atuam no mercado livreiro e que podem lhe ajudar a tornar seu trabalho mais profissional e publicá-lo.
Fonte: Árvores de Natal para quem ama livros.

Um FELIZ NATAL para todos, e que em 2014 tenhamos todos muita saúde, paz e persistência para que atinjamos nossos objetivos!

18 de dezembro de 2013

Como criar um Clube de Leitura - e sua importância para escritores!

C
omo você planeja o lançamento de seu livro?
No Brasil, o mais comum é o escritor agendar uma data em uma livraria ou em algum espaço cultural da cidade (aqui em Brasília é muito comum vermos lançamentos de livros em restaurantes), divulgar a data e pronto.  Quando muito, é organizada uma pequena "turnê", passando pelos estados onde o autor tem família ou um grupo maior de amigos que possam cuidar dos detalhes operacionais do lançamento.
A maior dificuldade, em geral, é reunir interessados em adquirir a obra.  Uma ampla divulgação muitas vezes se mostra inútil, uma vez que poucas pessoas efetivamente vão em lançamentos de livros de autores que elas não conhecem - pessoalmente ou por outros livros. 
Veja por você mesmo: a quantos lançamentos de livros de autores "desconhecidos" você já foi? Se foi a um ou mais, pode saber que você é a exceção!
Como, então, resolver esta questão? Como organizar uma turnê com a garantia de um público mínimo?
Neste caso, a experiência dos autores norte-americanos pode vir a calhar: Muitos autores, incluindo alguns bastante conhecidos, iniciam suas turnês em Clubes de Leitura, e todos incluem visitas a estes clubes em suas agendas.
No Brasil, não há tantos clubes de leitura quanto nos Estados Unidos, mas ainda assim há muitos clubes tradicionais, alguns deles com muitas dezenas de participantes.  Agendar visitas a estes clubes quando passando por alguma cidade é, portanto, atividade obrigatória para qualquer escritor profissional.
"Agendar visitas a clubes de leitura é atividade obrigatória para qualquer escritor profissional."
E, como maiores interessados, precisamos também estimular a criação de novos clubes de leitura, participando e ajudando a organizar estas iniciativas vitais não só para escritores, mas também para a melhoria do nível cultural em geral de nosso país.
Nesta linha, replico a seguir o texto enviado pela colega escritora Lucília Garcez, incluindo uma orientação sobre clubes de leitura que inclui até um modelo de estatuto.

Um clube de leitura é um grupo de pessoas que amam a leitura e se reúnem, geralmente uma vez por mês, para comentar um mesmo livro lido por todos. É uma ótima oportunidade de conviver e de compartilhar emoções e interpretações proporcionadas pela leitura.

11 de dezembro de 2013

7 Coisas que Aprendi, com Kyanja Lee


E
ste post inaugura uma nova etapa da série "7 Coisas que aprendi", em que receberemos contribuições não só de escritores, mas também dos mais variados profissionais que atuam no mercado livreiro.  Acreditamos que esta abertura será bastante interessante, uma vez que oferecerá novas perspectivas para quem escreve, ampliando seu conhecimento do mercado e, com isso, suas oportunidades de publicação.

7 Coisas que Aprendi
Esta série, como vocês já sabem, é uma iniciativa conjunta* dos blogs Escriba Encapuzado e Vida de Escritor, onde T.K. Pereira e eu, Alexandre Lobão, convidamos escritores (e, agora, profissionais do mercado editorial) para compartilharem suas experiências com os colegas de profissão, destacando sete coisas que aprenderam até hoje. 

Lembro que não interessa se você é iniciante ou veterano, se escreve poesias, contos, romances ou biografias, se é ilustrador, editor, revisor ou estagiário de uma editora, só interessa a vontade de partilhar com os colegas de profissão.  Envie sua contribuição hoje mesmo!

Com vocês Kyanja Lee, parecerista séria que tem usado sua experiência para ajudar muitos escritores a "chegarem lá":

Como parecerista (leitora crítica profissional) e preparadora e revisora de originais, mais do que com minhas experiências de escrita, são essas coisas que tenho observado:

  1. Não tenha a pretensão de ser o(a) sucessor(a) de J.K.Rowling, George. R.R. Martin, J. R. R. Tolkien, E.L. James, ou qualquer autor de estilo ou enredo universalmente conhecido. Inspire-se, mas jamais copie!
  2. Escreva livremente, mas ancore-se em uma boa estrutura narrativa e textual. Tem dificuldades em alguma dessas partes? OK, existem coaches literários, revisores, preparadores que podem ajudá-lo, mas lembre-se que você deve produzir algo que valha a pena ser ampliado. Ideias pífias ou pouco criativas, enredo fraco ou personagens rasos dificilmente empolgarão.
  3. Abra-se para o mundo das ideias e para o universo que está aí pedindo para ser contado. O autor deve ampliar sua capacidade de escuta e observação, saber transpor o muro do senso comum. Ouse nos pontos de vista, nas motivações de seus personagens.
  4. Troque ideias com seus pares, principalmente com quem escreve o mesmo gênero que você. E também com leitores que apreciam esse gênero. É possível criar toda uma plataforma de networking usando adequadamente as redes sociais. Isole-se somente na hora de produzir, escrever. No mais, esteja presente. “Autor bom é autor morto” serve somente para as editoras. Para o mercado como um tudo, autor bom é autor que se mostra e interage.
  5. Já ouvi isso em algum outro comentário (acho que o Kizzy Ysatis disse que o leitor não é burro) e reafirmo: não deixe a ansiedade de autor amador subestimar a capacidade do leitor, explicando em excesso. (Nada como deixar algo nas entrelinhas, ou por conta da imaginação de quem está tendo a experiência da leitura.) Ou repetindo na fala de um personagem algo que o narrador acabou de dizer na linha anterior.
  6. O mercado editorial e literário está cada vez mais dinâmico. Aproveite e acompanhe boas fontes (blogues, páginas, portais) que falem de livros, de editoras, de autores, de prêmios literários.
  7. Só queira ser escritor e se assumir como escritor se estiver disposto a continuar e a não desistir. Escrever um livro e encher o pulmão para dizer: “Sou um escritor!”, ou se considerar realizado porque já plantou uma árvore, fez um filho e escreveu um livro, convenhamos: em pleno século 21 − em que publicar é a coisa mais fácil do mundo −, não é nenhum mérito especial. Escritor escreve, não importa se faça sol ou faça chuva. Não importa quantos originais, ideias de roteiros ou personagens você tenha em seus arquivos digitais: não pare, mesmo que o seu primeiro original ainda não tenha se materializado fisicamente em livro ou continue mofando na caixa de e-mails de várias editoras.
Sobre a autora:
Kyanja Lee é formada em Comunicação Social (Propaganda e Marketing) pela ESPM e tem especialização em Língua e Literatura Inglesa pela Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto). Participou de várias oficinas de produção de texto e contos.  Atua como parecerista (leitora crítica profissional), preparadora e revisora de originais desde 2007. Tem auxiliado novos autores, desenvolvendo relatórios de leitura crítica, editando, preparando ou revisando seus textos, para que possam ter mais chances de publicação. Saiba mais sobre ela, inclusdive como entrar em contato, em http://www.KyanjaLee.com.br

* Projeto inspirado pela coluna “7 Things I’ve Learned So Far”, da revista Writer’s Digest.
Veja a opinião de outros autores no  Vida de Escritor e no Escriba Encapuzado.

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4 de dezembro de 2013

Escrever para emocionar, emocionar para escrever...


H
oje vou falar sobre dois momentos que me emocionaram como escritor e que, espero, ajudem a motivar você a continuar escrevendo, a procura dos seus momentos.

O primeiro deles ocorreu na Bienal do Livro de São Paulo de 2008, quando lancei "O Nome da Águia" pela Novo Século.  Era meu terceiro livro "solo" na área de literatura - descontando os cinco livros técnicos sobre programação de jogos - e, acredito, ainda não havia "caído a ficha" sobre o impacto que meus livros tinham nos fãs.
Pois lá estava eu, autografando livros para uma pequena fila de leitores, feliz da vida por estar lado a lado com escritores como o André Vianco, que eu conhecera no início da carreira e que era (ainda é) uma ótima referência para mim, já que àquela altura já vivia só de escrever.
"Escrever é uma vida de cão, mas é a única vida que vale a pena ser vivida"
Gustave Flaubert, escritor francês e um dos maiores romancistas do mundo ocidental
Dali a pouco,  chegou um jovem de cerca de treze anos (Pedro ou Felipe, infelizmente não anotei seu nome e o tempo fez seu usual estrago na minha memória...), e pediu meu autógrafo.
O sorriso no rosto do garoto era visível, mas quando o pai dele disse que o filho praticamente o havia obrigado a dirigir duzentos quilômetros até ali, só para conseguir um autógrafo, meu sorriso
foi ainda maior.