22 de setembro de 2010

Curso inédito da Fábrica de Textos em Brasília - 23 e 24 de outubro!

pós a Segunda Grande Guerra, os Estados Unidos promoveram uma grande reestruturação nos cursos universitários, e com estas mudanças apareceram os primeiros cursos acadêmicos de Escrita Criativa. O escritor Paul Engle, em "The Writer and the Place", chegou a dizer que: “pela primeira vez na triste e encantadora história da literatura, pela primeira vez na gloriosa e terrível História do mundo, o escritor é benvindo na Academia. Se a mente pode ser honrada ali, porque não a imaginação?”.

Em mais de cinquenta anos de história, estes cursos de Escrita Criativa formaram grandes escritores e evoluíram em organização e conteúdo.
No Brasil, infelizmente, não ocorreu movimento semelhante. Grandes escritores brasileiros, como por exemplo Raimundo Carrero, foram aos Estados Unidos participar destes cursos e, além de retornarem como escritores mais capacitados, iniciaram suas próprias oficinas de Escrita Criativa no Brasil.
Sonia Belloto, no entanto, foi um pouco mais longe: buscou trazer um destes cursos oficialmente para o país. Conseguindo a autorização devida, traduziu o material de uma universidade e, mais que isso, adaptou o material à realidade Brasileira, adicionando sua própria experiência. Nascia então o “Curso de Escrita Criativa para Formação de Escritores”.
Fundando a Fábrica de Textos, com os objetivos de “Desmitificar os processos de escrever e publicar livros” e “Ensinar o caminho para quem deseja tornar-se escritor”, Sonia já apresentou este curso mais de setenta vezes só em São Paulo, além de diversas edições em outros estados.
Agora, pela primeira vez, Sonia vem trazer um pouco desta experiência para Brasília, em um curso inédito na cidade. Vamos aos detalhes:

15 de setembro de 2010

Auto-publicar ou procurar uma editora? Livros virtuais ou de papel?

ejamos bem objetivos, porque o assunto é longo e, obviamente, interessante e muito controverso.
As dicas a seguir, é claro, servem para qualquer autor, mas em especial quem está começando sofre muito com a questão: como vou publicar meu (próximo) livro?
Como não há um bom e objetivo livro sobre este ponto específico no mercado (ok, eu escrevi um, mas ainda não tem editora...), tento sintetizar aqui alguns pontos que parecem óbvios depois que você pensou neles, mas que você precisa ter batido a cabeça uma ou duas vezes antes de cair a ficha.
Quando falamos de publicação, temos dois caminhos principais: ou você publica por conta própria, ou publica através de uma editora (incluindo, neste segundo caso, publicar em uma editora com a ajuda de um agente literário, coisa mais difícil de acontecer no Brasil para novatos...).
Além disso, podemos dividir as publicações em duas mídias: publicações digitais (e-books no Kindle, iPad ou outros) ou "clássicas", em papel. Para cada caminho ou ambiente, vamos fazer algumas ponderações rápidas:
"Se você quer fazer da escrita o seu negócio, certifique-se de que você está fazendo todas as perguntas certas antes de escolher um caminho."
Boyd Morrison, escritor, ator, ex-programador de jogos e engenheiro da Nasa... Alguém que sabe o que fala!
  • Custos de produção: Publicando com editoras, você não tem que se preocupar com custos, e ainda corre o risco de receber algum adiantamento, independente da mídia. Já na auto-publicação, o custo de uma publicação virtual é baixo, basicamente o seu tempo - a menos que

8 de setembro de 2010

O dom e a maldição dos escritores


oje quero falar um pouco sobre o que é "ser escritor".
O dom de um escritor, do meu ponto de vista, é a sua capacidade de absorver informações de fontes variadas, e criar algo a partir delas.
As palavras-chave aqui são duas: "absorver" e "criar"
"Absorver" é essencial porque é impossível (assim mesmo, de forma absoluta) produzir algo sem o insumo apropriado. Semente sem luz, terra, sol e ar não germina. Da mesma forma, é absurdo supor que alguém pode escrever algo sem que tenha 'absorvido' algo antes. Já avaliei muitas histórias de escritores iniciantes que "não gostam de ler livros", e por mais que as idéias sejam boas - a maioria das vezes não o são - a falta de familiaridade com a linguagem dos livros sempre gerou resultados aquém do mínimo esperado. "Escrever é fácil: Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias." Pablo Neruda
"Criar" é o coração da escrita. Se vou escrever algo, é obrigatório que seja algo original. Por mais que escrever seja apenas começar com uma letra maiúscula e terminar com um ponto final, se você não tem idéias para colocar no meio, não adianta. Para que escrever mais um livro sobre vampiros, ou com elfos, anões e feiticeiros malignos? Se a idéia não for criativa, não tiver pelo menos um ângulo inovador, não perca seu tempo escrevendo. De novo: Leia sempre, pois a leitura não é só necessária para o conteúdo, mas amplia os horizontes das idéias!
Curiosamente,

1 de setembro de 2010

É seguro publicar partes de seu livro em um blog?


inda na onda de responder a perguntas trazidas por quem acompanha o blog, vamos a uma questão da Paty Noronha, escritora, que chegou a mim pelo FaceBook.
A Paty levantou uma dúvida muito comum entre escritores iniciantes ou que não tem muita vivência com a web: Posso publicar trechos de meus livros em um blog?  Devo fazer isso?
Quanto ao "posso", vamos a um fato "contratual": tenho alguns contratos de editoras do Brasil e Estados Unidos que estabelecem que o autor não pode divulgar mais de 10% do livro como propaganda (ou seja, em blogs, por exemplo). Nestes casos, se por acaso eu tivesse um blog com mais de 10% do livro a ser publicado, a editora não assinaria o contrato comigo.  Portanto: Se você tem um contrato, revise-o ou consulte sua editora. Se não tem, tome cuidado para não inviabilizar um eventual futuro contrato."O verdadeiro risco é não fazer nada" Denis E. Waitley, escritor, homem de negócios e realista inveterado.
Quanto ao "devo", a história é outra...