abe aquela duvidazinha que fica ali, incomodando, e você não sabe para quem perguntar? Seus problemas acabaram! Envie suas dúvidas para o Vida de Escritor, por email ou comentando aqui no blog, e terei prazer em responder - e ainda mais prazer em descobrir a resposta, caso eu não saiba! Vamos, então, a mais uma compilação de perguntas e respostas neste post da série Dúvidas de Escritor. Pergunta: A premissa atrairia leitores do mesmo jeito se fossem deixadas lacunas ao invés de perguntas? (Sobre o post: Primeirascoisas primeiro: por onde começar a escrever um romance?) Resposta: A premissa é escrita para o escritor, TEORICAMENTE ninguém vai vê-la, então não deixe lacunas. O objetivo dela é ajudar você a organizar as ideias, ou melhor, estruturar sua ideia melhor antes de começar a escrever seu livro. É claro que, a partir da premissa, você pode criar perguntas instigantes para os leitores; aí sim as lacunas são bem-vindas. As "chamadas" para o livro devem sempre despertar curiosidade, nunca entregar o outro ao bandido, ou, no caso, o final ao leitor! :) | |
Pergunta: Será que o fato de meu primeiro livro ter uma continuação pode dificultar a publicação por uma editora? Resposta: Na verdade, um livro com continuação pode até ajudar a venda para uma editora, pois s eo primeiro vender bem, já há a expectativa de um segundo. Agora, o final primeiro livro não pode ser aberto demais, a história precisa ter uma conclusão bem feita, ainda que deixando a porta aberta para um segundo round... | Pergunta: O que acontece se eu chegar a um ponto do livro que não saiba como continuar? Resposta: Minha dica é bem simples: só comece a escrever um livro se você souber como ele vai terminar! |
Pergunta: Como você soube que queria seguir essa profissão de escritor? Resposta: Não foi nada de repente, nem nada do tipo “nasci sabendo”. Sempre gostei muito de ler, e em torno dos 12 ou 14 anos tive uma ideia para uma história que achei legal, e a escrevi. Aos quinze anos, já tinha algumas histórias escritas e pedi (e ganhei) uma máquina de escrever de presente, e comecei a escrever nela, só de brincadeira. Continuei escrevendo e guardando meus escritos, eventualmente mostrando para um ou outro amigo, até que um escritor (o Ronaldo Cagiano) amigo meu convenceu-me a reunir os melhor e publicar em um livro – foi quando saiu “A Caixa de Pandora e outras histórias”, uns 15 anos depois de eu ter escrito minha primeira história! Ter um livro seu em mãos é mágico, então depois do primeiro não consegui parar. Pergunta: Penso que enviar edições do seu livro para blogs literários conhecidos pode ser bom. Resposta: Com certeza. Algumas editoras, inclusive, adotam esta prática: levantam quais blogs que comentam livros parecidos com o livro a ser lançado que tem mais visitas, e enviam os livros (gratuitamente, é claro) para serem comentados. Tendo verba, a ideia é sempre bem-vinda; é só não esquecer o passo anterior: dar uma pesquisada para saber se o blog tem muitos seguidores; como enviar um livro custa tempo e dinheiro, o ideal é enviar apenas para aqueles que vão dar maior visibilidade ao livro. Pergunta: E como você vez com questão da língua portuguesa , porque acho que para um escritor escrever ele deve saber e conhecer bem o idioma em que está escrevendo aí vem todo aquele processo da gramática e tal , você fez faculdade de Letras e ou outra coisa que te ajudou com essa questão ? Resposta: Escrever corretamente é uma arte totalmente diferente de saber contar histórias. Há escritores, mesmo famosos, que não sabem escrever corretamente; e independente do quão correto você escreva, sempre pode contar com a ajuda de revisores. Agora: um escritor precisa dominar as ferramentas de seu trabalho, então ele precisa saber escrever corretamente, ou então precisa sempre ter um revisor que corrija seus trabalhos antes de enviar a uma editora ou divulgar seu trabalho; sem isso suas chances de ser publicado ou de cativar os leitores diminuem muito. Quanto às universidades; nos Estados Unidos e Inglaterra há inúmeras universidades de storytelling, “contar histórias”, que são coisas totalmente diferentes das universidades de Letras. No Brasil, que eu saiba, só há três universidades que dão estes cursos: um na PUC-Rio, PUC-RS e um na Vera-Cruz: Obviamente, muito você aprende simplesmente lendo, lendo muito, e algo mais você aprende com livros sobre técnicas de escrita e em oficinas de escrita criativa. Não é necessário cursar uma universidade para saber escrever um livro, e simplesmente cursar uma não vai te dar esta habilidade. Como quase tudo na vida, só há uma forma de você verdadeiramente aprender a escrever: escrevendo! Pergunta: Qual é a sensação de pode escrever sabendo que pessoas vão ler e viajar no mundo da imaginação com suas histórias? Resposta: É muito bom! Hehehehe... Mas falando sério: quando escrevo não penso em quem vai ler. Pode parecer meio egoísta, mas escrevo para mim. Escrevo porque tive uma ideia muito boa para um livro que ninguém escreveu ainda, e fico com vontade de ler este livro, por isto, é inevitável escrevê-lo! |
E você, há algo que gostaria de saber sobre o processo de criação de um livro, o mercado livreiro ou algo nesta linha? Pode perguntar!
Gostou? Tweet este post!
Nenhum comentário:
Postar um comentário