ecebi há algumas semanas um e-mail com o título "20 dicas muito práticas para escrever bem", de J.B.Oliveira.
Gostei imediatamente, mas como nunca acredito nestes e-mails que circulam por aí, procurei o autor e conferi: o texto é mesmo dele, e melhor ainda, ele autorizou a publicá-lo aqui.
Com vocês, então, o texto do simpático e inteligente e experiente escritor J. B. Olveira: |
Uma pessoa me perguntou, certa feita, como deveria fazer para começar a escrever. Respondi-lhe: “Comece da esquerda para a direita”!
Brincadeira à parte, a verdade é que muita gente gostaria de pôr suas ideias no papel e produzir obras literárias... Pois não é que a sabedoria oriental ensina que: “para ser feliz, uma pessoa deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro”?
Partindo dessa premissa – e visando apontar um caminho para a felicidade – aí vão 20 dicas MUITO, MUITO práticas para qualquer um escrever BEM! | “Disciplina e trabalho constante são as pedras de amolar sobre as quais a faca cega do talento é trabalhada até ficar afiada o suficiente ”
Stephen King, em “Dança Macabra” |
- Evite repetir a mesma palavra, porque essa palavra vai se tornar uma palavra repetitiva e, assim, a repetição da palavra fará com que a palavra repetida diminua o valor do texto em que a palavra se encontre repetida!
- Fuja ao máx. da utiliz. de abrev., pq elas tb empobrecem qquer. txt ou mensag. que vc. escrev.
- Evite os lugares-comuns, as frases feitas, “como o diabo foge da cruz”.
- Remember: estrangeirismos never! Eles estão out! Já a palavra da língua portuguesa é very nice!
- Você nunca deve estar usando o gerúndio! Porque, assim, vai estar deixando o texto desagradável para quem vai estar lendo o que você vai estar escrevendo. Por isso, deve estar prestando atenção, pois, caso contrário, quem vai estar recebendo a mensagem vai estar comentando que esse seu jeito de estar redigindo vai estar irritando todas as pessoas que vão estar lendo!
- Não apele pra gíria, mano, ainda que pareça tipo assim, legal, da hora, sacou? Então joia. Valeu!
- Abstraia-se, peremptoriamente, de grafar terminologias vernaculares classicizantes, pinçadas em alfarrábios de priscas eras e eivadas de preciosismos anacrônicos e esdrúxulos, inconciliáveis com o escopo colimado por qualquer escriba ou amanuense.
- Jamais abuse de citações. Como alguém já disse: “Quem anda pela cabeça dos outros é piolho”. E “Todo aquele que cita os outros não tem ideias próprias”!
- Lembre-se: o uso de parêntese (ainda que pareça ser necessário) prejudica a compreensão do texto (acaba truncando seu sentido) e (quase sempre) alonga desnecessariamente a frase.
- Frases lacônicas, com apenas uma palavra? NUNCA!
- Não use redundâncias, ou pleonasmos ou tautologias na redação. Isso significa que sua redação não precisa dizer a mesmíssima coisa de formas diferentes, ou seja, não deve repetir o mesmo argumento mais de uma vez. Isso que quer dizer, em outras palavras, que não se deve repetir a ideia que já foi transmitida anteriormente por palavras iguais, semelhantes ou equivalentes.
- A hortografia meresse muinta atensão! Preciza ser corrijida ezatamente para não firir a lingúa portuguêza!
- Não abuse das exclamações! Nunca!!! Jamais!!! Seu texto ficará intragável!!! Não se esqueça!!!
- Evitar-se-á sempre a mesóclise. Daqui para frente, pôr-se-á cada dia mais na memória: “Mesóclise: evitá-la-ei”! Exclui-la-ei! Abominá-la-ei!”
- Muita atenção para evitar a repetição de terminação que dê a sensação de poetização! Rima na prosa não se entrosa: é coisa desastrosa, além de horrorosa!
- Fuja de todas e quaisquer generalizações. Na totalidade dos casos, todas as pessoas que generalizam, sem absolutamente qualquer exceção, criam situações de confusão total e geral.
- A voz passiva deve ser evitada, para que a frase não seja passada de maneira não destacada junto ao público para o qual ela vai ser transmitida.
- Seja específico: deixe o assunto mais ou menos definido, quase sem dúvida e até onde for possível, com umas poucas oscilações de posicionamento.
- Como já repeti um milhão de vezes: evite o exagero. Ele prejudica a compreensão de todo o mundo!
- Por fim, Lembre-se sempre: nunca deixe frases incompletas. Elas sempre dão margem a
Autor: J. B. Oliveira, Consultor Empresarial e Educacional, é Advogado, Professor e Jornalista. Presidente da A.P.I. (2006-09). Autor de “Mostrando a Língua”; “Boas Dicas para Boas Falas”; “Homens são de Marte, Mulheres são de Morte” e 4 outras obras. É membro da Academia Cristã de Letras e do Instituto para Valorização da Educação e Pesquisa e Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Saiba mais sobre ele em http://jboliveira.com.br
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Gostou das dicas? Concorda, discorda? O que mais gostaria de ver por aqui?
5 comentários:
Totalmente demais, mano! Vou estar recomendando esse texto para todas as pessoas, sem abiçolutamente nenhuma hecessão!!!! (rsrsrsrsrs):D
Adorei as dicas! Divertida e de fácil compreensão.
Adorei as dicas! Dinâmicas e divertidas, fácil compreensão.
O diferencial dessas dicas é que o autor se utilizar do humor e expõe em 20 tópicos os erros mais comuns cometidos por jovens escritores.
O autor se utiliza do humor nas próprias dicas para demonstrar os erros mais comuns dos jovens escritores.
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