m meio às correrias de sempre, com pós-graduação, leituras críticas, encomendas de editoras (que foram muitas este ano, ainda bem!) e outras, consegui uma brecha para consolidar perguntas que recebi por e-mail ou como comentários aqui no Vida de Escritor, em mais um post da série Dúvidas de Escritores. A regra vocês já conhecem: Se sua pergunta não está aqui, nem em nenhum dos posts anteriores da série, não se acanhem, podem perguntar, que se eu não souber a resposta me comprometo a descobri-la para você! Nesta edição e nos próximos posts (são muitas perguntas...), escolhi os mais variados assuntos, espero que gostem! | |
Questão: Queria saber se
menores de idade podem mandar um livro para
editora, precisa de alguma coisa extra? Resposta: As editoras não fazem restrições sobre quem envia os originais para elas, na maior parte das vezes. No entanto, como menores não podem assinar o contrato de edição caso o livro seja aceito, o ideal é deixar sempre um responsável ciente para que ele possa ajudar quando necessário. |
"Nunca reclame por ser mal
compreendido. Você escolhe ser compreendido, ou
não." David Hare, escritor inglês de peças de teatro, TV e cinema |
Questão: Como consigo algum tipo de financiamento para ajudar na publicação de meu livro? Resposta: Esta questão de publicação é muito complicada, e em especial para quem vive longe das grandes editoras (leia-se São Paulo, e em segundo lugar Rio, BH e Porto Alegre). Quanto ao financiamento, procure pelo Fundo de Apoio à Cultura (ou algo semelhante) da Secretaria de Cultura de Curitiba, normalmente toda Secretaria de Cultura tem fundos para apoiar a publicação, e são bem menos burocráticos do que a lei Rouanet, que não só é um pesadelo burocrático como também depende de você, depois de conseguir ser seu projeto aprovado, precisar achar empresas que queiram gastar dinheiro nela (porque o projeto basicamente permite que a empresa tire parte dos seus impostos para financiar ações culturais, mas pelo que me lembro não é uma relação 1-1, é algo do tipo “A cada X que você investir em cultura, tem Y de isenção”, com Y < X. Ou seja, a empresa vai efetivamente desembolsar dinheiro para seu projeto, e achar empresas dispostas a isto nunca é muito fácil. Questão: (Acredito que) somente os escritores de peso e renome tem uma liberdade absoluta para escreverem o que desejam sem muitas restrições. Gostaria de conhecer sua opinião e que falasse mais sobre isto Resposta: A questão da liberdade de expressão realmente é instigante. Acredito que o escritor deve ter sempre em mente seu público alvo, afinal, ele escreve para este público. Nesta linha, o escritor, mesmo famoso, só é totalmente livre se seu público alvo for composto apenas por uma pessoa: ele mesmo. Se não, ele sempre vai pensar no QUE DEVE ou não deve escrever; em COMO DEVE ou nçao deve escrever; no QUE INTERESSA este público, e por aí vai. Se você escreve um livro estilo biografia para sua familia, ele pode ser chato para outras pessoas e interessante para a família, que conhece os personagens ao vivo. Se você escreve um livro para acadêmicos, ele pode ser complexo, difícil de ler, e ainda assim ter grande aceitação. E se você escreve para "o grande público", então cai nesta linha que você falou: o filtro inicial vai ser o editor; e se você publicar sem editor, então o próprio publico será o filtro. O editor sugere o que acha que vai aumentar a chance de seu livro interessar mais gente, então não deve ser visto como um "castrador", mas como um "orientador". Pelo menos é o que eu penso. Afinal, livros são feitos para serem lidos, e como escritor quero que meus trabalhos sejam lidos pela maior quantidade possível de pessoas! |
E
você, o que você gostaria de saber mas não tem para quem
perguntar? Fale conosco!
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