Só lembrando
do que se trata: Como parte de seu trabalho o Yan Patrick está conduzindo entrevistas com diversos escritores que promovem oficinas de escrita criativa pelo Brasil, e tive a honra de ser um dos entrevistados. Leia aqui o primeiro e o segundo post. |
“Nunca acredite em um professor que tente lhe ensinar 'a única' ou 'a melhor' forma de escrever. Não existe tal coisa!” |
Yan Patrick: De modo geral, qual o perfil dos
alunos interessados na oficina? É possível traçar algum parâmetro?
Alexandre Lobão, pelo Vida de Escritor: Não há um perfil geral. Há normalmente mais mulheres que homens; mais pessoas a partir de 50 anos; menos pessoas com menos de 20 anos. Geralmente há dois ou três roteiristas por turma. Mas tudo isso varia muito: já tive uma turma com um terço de participantes com 18 anos ou menos. Já tive alunos de 13 anos YP: Uma das principais críticas quanto a prática de uma Oficina Literária se dá pelo argumento de que “escrever não se ensina”, portanto, se a pessoa não possuir um “talento nato”, de nada servirá tal prática. Qual sua opinião sobre isso? AL: Só um comentário: só fala isso quem não sabe realmente escrever. Escrever é uma profissão como qualquer outra. Quando ensinamos pessoas a serem médicos, sabemos que alguns serão excepcionais, e outros serão medíocres – mas todos serão médicos, e saberão as regras básicas de seu ofício. O mesmo se dá com escritores: quem se dedica mais, lê mais, tem mais gosto pela coisa, obviamente se destaca. YP: Para quem deseja começar seus estudos nesta área, quais obras considera fundamentais para a leitura? Sei que o assunto é bem amplo, mas gostaria que ficasse livre para responder o que considera mais interessante, ou mais “útil” – o critério é seu. AL: Para quem deseja começar seus estudos nesta área, existem algumas obras que considero fundamentais para a leitura. Como toda “lista de melhores”, esta é altamente pessoal, e tem a ver com o modo como escrevo, mas não deixa de ser um interessante ponto de partida para quem quer se aprofundar no assunto. Acho que os livros a seguir oferecem uma visão bastante completa das ferramentas essenciais a todo escritor:
YP: Quanto ao mercado literário: como ocorre o debate sobre isso em sua oficina e qual seria o objetivo? AL: Sempre concluo a oficinas com uma apresentação sobre o mercado literário, com um “chá de realidade”, para que os escritores sendo formados tenham noção que escrever é uma profissão, e que as editoras esperam que eles se comportem como profissionais. É essencial que o escritor iniciante vá ao mercado sabendo o que esperar, para não se iludir achando que “será descoberto” por uma editora e ficará famoso de uma hora para outra. Todo mundo que “é descoberto” só o foi porque suou muito, e muito tempo, para que isso acontecesse |
Aproveito para reforçar o convite aos interessados na sétima edição do Workshop de Escrita de Ficção (que deve acontecer depois do Carnaval) para que deixem seu nome e e-mail como comentários neste post, que entro em contato em particular - e não aprovo o comentário para não expor as informações, é claro!
E
você, o que gostaria de saber a mais sobre oficinas, ferramentas ou mercado
para escritores?
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