2 de outubro de 2019

Os principais truques para prevenção de plágio por escrito


A
migos,
      Inaugurando  uma nova etapa no Vida de Escritor, estamos agora abrindo espaço para contribuições.
      Se você tem alguma experiência ou conhecimento que gostaria de compartilhar com os colegas escritores brasileiros e portugueses que acompanham o blog, envie sua contribuição!
       Hoje temos a contribuição de Lisa Griffin, escritora e blogueira freelancer, que escreve sobre plágio. Ainda que seu artigo seja mais focado em textos acadêmicos, suas dicas valem para qualquer tipo de trabalho, e vem a esclarecer a questão do plágio, preocupação comum a todo escritor em algum momento de sua carreira.
 
Quando escreve uma tese para a faculdade ou um trabalho de pesquisa, pode necessitar de consultar várias fontes para desenvolver as suas ideias. Contudo, deve indicar de onde provêm essas ideias ou citações; caso contrário, será acusado de plágio. Neste guia, iremos explorar a melhor forma de evitar o plágio.
A principal razão por trás de trabalhos plagiados é a limitação de tempo. Muitos estudantes não têm tempo para trabalho extra na sua rotina diária. Não dispõem de tempo para redigir dissertações devido à grande carga de estudos e a part-times. Então, copiam e colam o conteúdo diretamente do site e usam-no, fazendo cópia de um trabalho já feito. No entanto, não cometa este erro. Para que não precise de o fazer, basta seguir as dicas sugeridas para se proteger do plágio de trabalhos.

Plágio significa usar as palavras ou ideias de outra pessoa sem lhe dar crédito. Não pode usar o trabalho ou afirmações de alguém como seus, ainda que essa pessoa tenha dado o seu consentimento.
1) Citar uma fonte
Se quiser usar palavras ou ideias de outra pessoa, cite-as diretamente, palavra por palavra, usando aspas. Obviamente, deve creditar a fonte original, seja dentro do texto ou numa nota de rodapé.
2) Escreva pelas suas próprias palavras
Escreva todas as suas ideias sem usar as palavras de outra pessoa ou até o seu estilo de escrita para o ajudar. Assim, de forma geral, deve evitar parafrasear o máximo possível. Parafrasear ou reescrever o texto de outra pessoa pelas suas próprias palavras é aceitável apenas se tal ocorrer minimamente no texto (p. ex., um parágrafo) e a fonte original for citada no final da passagem parafraseada. Deste modo, a maneira mais fácil de evitar preocupações com plágio é não parafrasear. Use a sua própria "voz" para transmitir as suas ideias. Não misture texto original e emprestado sem citar o texto emprestado.
3) Em caso de dúvida, cite
Se perceber que está a citar excessivamente, pode ser sinal que não está a escrever o suficiente pelas suas próprias palavras. Isto é um indicador de que deve reescrever o seu artigo. Palavras e frases comuns não precisam de ser citadas ou colocadas entre aspas, mas qualquer argumentação que envolva conceitos comumente entendidos deve ser adequadamente citada.
4) Não recicle imagens, figuras, tabelas ou texto de um dos seus artigos previamente publicados sem os citar.
Em geral, é melhor não republicar uma figura que já tenha publicado antes. Mas, se o fizer, cite o documento original na figura ou na legenda da tabela e não se esqueça de mencionar no texto da sua publicação anterior e de obter permissão caso não tenha mantido os direitos de autor. Não recicle texto de um trabalho para outro. Escreva um novo para cada um. Se não cumprir esta regra, estará a cometer auto plágio, que, embora muitas vezes não intencional, será tratado como plágio voluntário.
5) Peça permissão.
Se deseja usar uma figura, tabela ou qualquer tipo de dado que não tenha sido publicado antes e tenha sido criado ou reunido por alguém que não seja coautor do seu trabalho, deve necessariamente pedir permissão e dar crédito. O mesmo se aplica se criar a sua própria figura ou tabela usando os seus dados. Assegure permissão para cada figura, tabela ou ilustração publicada que pretenda republicar.
Existem vários tipos de plágio, e ferramentas online para realizar a deteção tais como o verificador de plágio livre, que podem ser distinguidos com base em fatores como: Extensão (plágio menor ou maior), originalidade do material copiado, tipo de material plagiado, fontes referenciadas ou não, intenção dos autores. As formas mais comuns de plágio são as seguintes:
  • Plágio de ideias: quando o autor “usa as ideias ou pensamentos de outros e os apresenta como seus” sem dar o devido crédito aos autores originais, o que resulta em plágio de ideias. Por exemplo, usar ideias de artigos previamente publicados por estudantes licenciados enquanto faz o seu trabalho de dissertação.
  • Plágio de texto/plágio direto/plágio de palavra por palavra: “copiar uma parte do texto de outra fonte sem dar crédito ao autor e sem colocar o texto emprestado entre aspas”. Por exemplo, a maioria dos jovens autores não sabe escrever e dar um crédito ao trabalho original de onde pesquisaram. Apenas recortam e colam da fonte original e criam um artigo sem dar o devido crédito aos autores que redigiram o trabalho original.
  • Plágio de mosaico (plágio de retalhos): quando o autor não escreve pelas suas próprias palavras e "usa as mesmas palavras, frases ou parágrafos da fonte original" sem dar o devido crédito, o que resulta em plágio de mosaico.  Por exemplo, quando os autores pedem emprestadas palavras/frases da fonte original e inserem retalhos no artigo, isso resulta em retalhos ou plágio em mosaico.
  • Auto plágio: “Roubar ou emprestar uma certa quantidade de trabalho” dos seus artigos previamente publicados significa auto plágio. Por exemplo, usar parte do próprio trabalho e publicar o artigo em diferentes periódicos resulta em auto plágio.

Algumas das regras essenciais para evitar uma acusação de plágio são:
  1.  Assegurar tempo suficiente para concluir o seu trabalho.
  2. Compreender todo o conceito e escrever novas ideias pelas suas próprias palavras.
  3. Evitar "copiar e colar".
  4. Tanto quanto possível, usar poucas fontes apropriadas e precisas.
  5. Aprender como e quando citar e evitar também os retalhos.
  6. Cite sempre linguagem nova e em dúvida, não comum.
  7. Siga as orientações do autor de acordo com os periódicos biomédicos.
  8. Cite referências com precisão.
  9. Reconheça sempre fontes originais e dê-lhes o devido crédito.
  10. Evite escrever vários artigos do mesmo tipo e enviá-los para diferentes periódicos ao mesmo tempo.
  11. Consulte um tradutor ou nativo antes de enviar a prova final do manuscrito para revistas científicas.
  12. Use ferramentas anti plágio para detetar qualquer plágio acidental. Por exemplo, software de detecção de plágio como o Cross Check.
  13. Anexe a carta de apresentação ao editor referente a qualquer sobreposição involuntária.

Sobre a autora: Lisa Griffin é escritora e blogueira freelancer. Ela é apaixonada por escrever, gosta de compartilhar dicas e truques sobre como se tornar uma escritora de sucesso.

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