O que gera polêmica, muitas vezes, é o que pesquisar, ou melhor, o que efetivamente utilizar do resultado de suas pesquisas.
Por exemplo: em "O Código Da Vinci", o cerne da história é a possibilidade de Jesus Cristo ter tido filhos com Maria Madalena. Creio que posso falar isso sem problemas de "estragar a surpresa" de ninguém, uma vez que cerca de 10% da população leitora do país (segundo a pesquisa do institudo "Viva Leitura") já leu o livro... Por absurdo que pareça, este ponto tem uma base "factual": um fragmento de um evangelho apócrifo que diz que “Jesus
Um outro exemplo, de autor brasileiro, é "O Nome da Águia". O "Rolo da Guerra", um dos manuscritos encontrados na região de Quram (próximo ao Mar Morto) em 1947, conta a história da luta dos Kedoshim, chamados de "filhos da Luz", contra os Kittim, "os filhos das Trevas". Os Kittim, 'cujo símbolo é a águia', são 'seres terríveis, crianças e mulheres se escondem de medo quando eles se aproximam', e etc. Há diversas correntes de historiadores que defendem que os Kittim são os romanos; outras que defendem que eles seriam um povo rival dos hebreus, e outros ainda dizem que eles seriam, apenas, uma outra seita judaica, rival dos Kedoshim. No livro, escolhi a versão mais adequada à história. Da mesma forma, no livro é mencionado que o símbolo do partido Republicano americano, quando foi fundado, era uma águia. O símbolo atual é um elefante, mas como isso não é relevante para a história, o fato não merece destaque! Resumindo: Pesquise de tudo, e muito. Ao fim, selecione os fatos que melhor embasem sua história - desde que sejam verdadeiros, não precisam ser os mais conhecidos ou reconhecido academicamente. E para concluir uma dica mais óbvia, com foco no mercado: As versões mais polêmicas sempre geram histórias melhores, mais instigantes e com mais possibilidade de despertarem o interesse dos leitores e da mídia. Fuja do escândalo, mas aproxime-se sempre que possível do polêmico - desde que isso não fira sua arte!
3 comentários:
Muito válida sua ajuda, parabéns, gostei muito!
Deixe-te um poema sem correção, para apreciares.
Abstrativo.
José dos reis Santos.
(Poeta procopense).
Neste poema, abstrato,
ela pode ser o abstrato do poema.
Pode ser uma flor diáfana da poesia.
O riso do anjo, a balança do arcanjo,
minha dor ou a alegria.
Ela pode ser o canto de meu poema,
pode ser o que esprema a expressão
que me proíbo de expressar.
Pode ser a prece que me apressa a se calar.
E, o abstrativo do porque que ainda vivo,
com ela a sonhar.
Ah... minha poesia criança,
cujas tranças me entrelaçam o poema.
Por que se deste não vivesse, morreria,
sem fala na cala fria, do papel.
Sem linhas, sem traços, ao léu.
Sem palavras... sem nada...
Grande abraço Lobão!
Gostei. É como faço também. Sempre preciso de muita informação antes de começar, mas não uso tudo, só o suficiente para o leitor se situar na narrativa.
Oi Mônica,
É isso aí, o grande segredo é garantir que a informação não apareça como um elemento descritivo, mas sirva apenas de arcabouço;
Devemos lembrar sempre que não estamos dando uma aula, mas sim contando uma história!
Postar um comentário