oa vida, amigos leitores. Com este post, vou terminar a sequência de "seis passos para a criação de um romance". Por que seis? Na verdade, poderiam ser onze, dezenove ou três; como já falei algumas vezes, não existem regras verdadeiras para garantir o sucesso de um livro. Dito isso, vale lembrar que o oposto não é verdade, ou seja, um livro pode estar bem escrito e não vender bem, mas um livro mal escrito é quase certeza de fracasso de vendas - daí os editores não apostarem em tais livros, mesmo que "a idéia seja boa". Se ficou um pouco confuso, deixe-me esclarecer, em poucas palavras: pode ser difícil afirmar o que está "bem escrito", mas é muito fácil ver o que está "mal escrito". "Mal escrito" não significa se segue ou não as regras gramaticais. Se você sabe escrever um texto medianamente correto, sem excesso de erros de português, estes erros não vão atrapalhar. O que editor vai avaliar é a estrutura da obra, como você organiza e apresenta as ideias, se não há "pontas soltas" nas tramas, se a linguagem cativa o leitor e se está apropriada para o público-alvo, se os personagens estão bem desenvolvidos de acordo com o foco do livro... coisas assim, mais "profundas" que a simples correção do texto. | |
Revisando os passos, até este: 1. Escrever a premissa ("Primeiras coisas primeiro"), 2. Organizar a estrutura da história ("Preparando a estrutura" e A necessidade da estrutura na escrita de romances), 3. Escrever a lista de cenas em ordem cronológica ("Pronto, já montei a estrutura do meu romance... e agora?") 4. Fazer o primeiro tratamento (no "Começar a escrever...") 5. Fazer o segundo tratamento (no "Dando vida aos seus personagens") | "Um texto nunca peca pela simplicidade. A melhor forma de dizer que um gato é preto ainda é 'O gato é preto'" - James McSill, consultor literário internacional, assessor, cirurgião de texto (story doctor), palestrante e representante de autores |
A partir deste ponto, devemos fazer o terceiro, o quarto, o quinto... Quantos tratamentos forem necessários. Se há algum número mágico? Não, apenas continue fazendo até sentir que o resultado final está burilado o suficiente - mas há duas diretrizes que podem ajudá-lo aqui. Primeira: SEMPRE que terminar um tratamento, retorne ao início e leia tudo de novo; verifique se há pontas soltas, confirme que algo não se "quebrou" durante a produção do novo tratamento. Obviamente, o foco da leitura deve ser o tratamento que foi realizado (por exemplo, se você acabou de adicionar vida aos personagens, releia prestando especial atenção aos pontos incluídos), mas a leitura deve ser abrangente, para garantir que a obra continua coesa. Segunda: Faça uma lista dos tratamentos a serem realizados, e a cada livro incremente esta lista com suas ideias e com o resultado de seu aprendizado. Segue uma lista inicial, para ajudar que está começando:
Confie em seus instintos. Se você seguiu estes passos até aqui, e acha que o resultado está bom, provavelmente é porque ele realmente está.
Como estamos terminando esta etapa, peço que enviem sugestões sobre em que podemos nos aprofundar a seguir - espero seus comentários!
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7 comentários:
Caro Robson:
Por favor me mande o livro (impresso, por favor) que retorno com meus comentários em particular. Se você desejar, depois disso posso publicar também aqui no blog.
Estou enviando o endereço de envio para seu e-mail.
[]s!
Obrigado e estarei encaminhando o mesmo impresso na segunda feira!!
Dicas colecionáveis as do seu blog,caro Alexandre.
Obrigado.
caros como entender o momento certo do hooks e cliffhangers??
Oi Luciano,
Fique de olho que farei um post sobre isso para ficar mais claro, provavelmente na próxima semana, ok?
[]s,
Alexandre
o que acontece com teu blog , nao vejo mais nada, sou tua fã
rosana
Oi Rosana,
Se você se refere à falta de posts; é que estou de jurado de um concurso de livros, e precisei avaliar mais de 80 livros em menos de 2 meses, então fiquei sumido, mesmo!
Obrigado pelo interesse; espero poder voltar a postar regularmente em breve.
[]s!
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