25 de janeiro de 2012

Sobre auto-publicação, ebooks e o futuro dos livros e dos escritores...

irei férias do mundo.  Um mês de isolamento, sem pensar em projetos ou metas.  Acho que todos precisam fazer isso de vez em quando, recarregar as baterias é essencial para manter a motivação, e não só na profissão de escritor.
Retornei semana passada, mas só hoje tive tempo de retornar ao blog, pois o ano começou bastante animado: editais de concursos de roteiros de curta-metragem (do Ministério da Cultura e da Teleimage e Casablanca), convites para participar de duas antologias de contos, organização do próximo "Workshop de Escrita de Ficção", convite para atuar como jurado em um desafio para escritores, e ainda os livros para escrever... Não vou perturbá-los com isso, mas à medida que novidades interessantes apareçam, vou lhes informando!
Ainda há vários comentários no blog com respostas pendentes (vou tentar responder a todos ainda esta semana), mas vou começar o ano atendendo ao pedido de Thiago Damasceno para falar sobre auto-publicação.  Há tanto o que falar sobre o assunto, e estou em um momento de tantas ideias na cabeça, que desde já peço desculpas se este post ficar sobrecarregado de informações!
A primeira pergunta que vem à baila quando se fala deste assunto é: Quais as vantagens de ser publicado por uma editora, em relação a publicar por conta própria?
Já respondi com certa profundidade esta questão em alguns posts antigos, Auto-Publicação - vale a pena?  e Auto-publicar ou procurar uma editora? Livros virtuais ou de papel?.  Estes dois posts dão uma boa visão do que se pode esperar de cada uma destas alternativas.  Além destes, recomendo a leitura do "Choque de realidade" para escritores, que apresenta uma boa visão do que se pode esperar quando adentrando no mundo das letras. 
Os maiores desafios do escritor que se auto-publica são a distribuição (fazer o livro chegar ao leitor) e a divulgação (fazer o leitor chegar ao livro).
A segunda pergunta, já um pouco respondida no post Auto-publicar ou procurar uma editora? Livros virtuais ou de papel?, normalmente é: O que é melhor, publicar o livro em papel ou em formato eletrônico? 
Quanto à facilidade, com certeza é mais simples publicar em formato eletrônico.  Já publiquei um roteiro de cinco passos para publicar no Kindle (em Quer publicar no Kindle? Pergunte-me como...), e a cada dia aparecem mais ferramentas para publicar para o iPad (inclusive na nova onda de iBooks, livros interativos, como mencionado em no blog do iPhone).
Mas este é um assunto em ebulição, e a cada dia surgem novos pontos que merecem ser discutidos com mais cuidado. Seguem algumas das ideias que têm me rodeado nos últimos meses e semanas, vindas de fontes variadas, para termos algum ponto de partida para discussões aqui no blog:
  • A Amazon vende mais livros eletrônicos que em papel desde o último trimestre de 2010 (mais de um ano!).  No último ano, até grande redes de livrarias norte americanas, como a Borders, fecharam. No Brasil, os Kindles, iPads e tablets em geral são cada vez mais comuns, em uma escalada incrivelmente rápida no último ano, o que nos leva à conclusão de que a evolução dos livros eletrônicos, iniciando em 2009, pouco mais que uma marola em 2010 e uma onda já de médio porte em 2011, em cinco anos no máximo será um tsunami no Brasil.
  • Além disso, cada vez mais pessoas no Brasil tem telefones que na verdade são mini-tablets, com Android ou outros sistemas operacionais que gerenciam telas sensíveis a toque, e que podem - e são - usados para leitura de tweets, posts em blogs e - por que não? - e-books.  A diferença crucial entre um telefone e um tablet é a mesma que a de alguns tablets (como o primeiro kindle) em relação aos livros: cabem menos palavras por página.  Isso parece pouco importante, mas na verdade é de interesse dos escritores, pois um escritor que escreva unidades dramáticas (cenas) de até 50 palavras provavelmente será mais bem aceito por leitores que usam telefones, uma vez que é cansativo "passar a página" cinco ou dez vezes para se ler uma única cena.
  • Outro ponto a considerar é a evolução da percepção e o uso de canais de comunicação simultâneos nas diversas "gerações".  De maneira MUITO simplificada, a maioria das pessoas acima de 40 anos é da "geração X", e consegue acompanhar pouco menos de dois canais de comunicação simultâneos.  Em outras palavras, são capazes de se concentrar bastante em uma coisa (escrever uma mensagem, ler um livro), mas se precisam escrever um post em um blog e bater papo no MSN ao mesmo tempo, uma das duas atividades já fica prejudicada.  Os da geração Y (cerca de 20 anos, que nasceram com computadores mas tiveram acesso à internet após a primeira infância) já gerenciam bem até 4 ou 5 canais de comunicação, mas em compensação têm mais dificuldade em concentrar-se apenas em uma atividade - sentem necessidade de ouvir música ou ligar a TV enquanto lêem um livro, por exemplo.  Os da "geração Z", que nasceram já na era da internet, gerenciam até 7 canais de comunicação.  O que isso nos interessa?  É que os livros para estas novas gerações precisam ou serem mais curtos, ou serem construídos dentro de uma metodologia que ofereça "emoções constantes", uma trama que garanta o interesse do leitor a cada capítulo.  Se você é da geração X, tente ler Ulysses, de James Joyce, ou 2666, de Roberto Bolaño, para entender como as gerações mais novas se sentem ao ler, por exemplo, a saga da "Torre Negra" de Stephen King...
  • Outro ponto a considerar: os grandes "calos" dos escritores foram sempre a distribuição (fazer o livro chegar ao leitor) e a divulgação (fazer o leitor chegar ao livro).  Normalmente se tem a impressão de que o livro eletrônico torna a vida do escritor mais fácil, pois a distribuição deixa de ser um problema. A meu ver, esta impressão é ilusória pois no Brasil (por enquanto) apenas uma minoria tem acesso aos livros eletrônicos, e mesmo quem tem o aparelho muitas vezes não tem o hábito de leitura. Além disso, o problema da divulgação se amplia, pois ao invés de concorrer com 10.000 livros em uma livraria, seu livro estará concorrendo com 10.000.000 de livros online.  Como fazer seu trabalho de destacar em meio a tanto material de baixa qualidade que é publicado diariamente? "A comunidade avalia, dá notas, divulga", é a resposta mais comum, mas outra ilusão: não adianta que poucas pessoas leiam seu livro e o divulguem, é necessária uma massa crítica para fazê-lo um sucesso, o que até hoje só vimos acontecer com muito esforço de marketing (e, para isso, leia-se muito tempo ou muito dinheiro) ou "por sorte", em cadeias de marketing viral que ainda não foram totalmente compreendidas.  Ou será que alguém entende porque a tal da Luísa que foi pro Canadá fez tanto sucesso - para ser esquecida duas semanas depois?
  • No Brasil, há ainda a questão da "força da marca".  Leitores podem procurar livros pela capa, pelo assunto, pelo autor, mas muitas vezes o que os ajuda a decidir pela compra é quem "confirma a qualidade" do livro.  Em um livro auto-publicado, em alguns casos apenas o autor se responsabiliza pela qualidade da obra.  Em um livro publicado por uma editora, têm-se a garantia de que alguém avaliou a obra e achou ela era boa o suficiente para valer o risco de apostar algum dinheiro em sua publicação.  Isso também vale para os e-books: diversas editoras estão sondando novos modelos de negócio, onde o autor ganha um percentual maior pela publicação (saindo dos 10% atuais para 30%, 40%, ou até mais) e a editora investe parte do que gastaria em impressão e distribuição na divulgação da obra.  Vantagem para o autor, que tem ajuda na solução de seu maior problema, e vantagem para a editora, que ao invés de deixar de existir se mantém como um "selo de qualidade", mesmo que feche parte de sua gráfica.
Essa conversa vai longe, e a cada ponto colocado, há diversos contrapontos e vêm a mente muitas outras ideias. 
Da minha parte, acho que as tendências são a produção de histórias mais ágeis e curtas, sem dúvida a publicação virtual, e a menos que as editoras nacionais viabilizem linhas de negócio de e-books atrativas para autores, a auto-publicação nesta mídia.  Seguindo isso, estou trabalhando em um projeto nesta linha com o escritor Oswaldo Pullen, que organiza comigo os Workshops de Escrita de Ficção.
No entanto, acredito que o livro em papel vai continuar existindo como produto viável por muitos anos, mesmo que se torne um "artigo de luxo" depois disso.  E acredito que, sempre que possível, o ideal é ter uma editora publicando seu trabalho.  Nesta linha, tenho também alguns projetos em livros impressos que espero ver publicados até o fim do ano.
Afinal, não há nada mais seguro do que apostar nos dois lados!

Gostou?  este post!

24 comentários:

Escriba Encapuzado - T.K. Pereira disse...

Esta é uma preocupação ainda tão distante de mim. Sinto que ainda tenho muito que aprender antes de aventurar-me (ou devo dizer, atrever-me) a escrever um livro.

Achei interessante o comentário acerca das gerações e de como estas lidam com a absorção de informações. Qual é a fonte daqueles números?

Identifiquei-me facilmente como membro da geração Y; concentrar-me em uma única atividade por muito tempo parece-me quase sempre impossível. A mente sempre anseia por mais informação, e isto, inclusive, costuma ser um empecilho quando me sento para escrever algo.

Com relação à tendência por histórias ágeis e curtas: acha que isto significa o começo do fim para obras complexas, que se estendem por calhamaços de 300 ou mais páginas, como, por exemplo, as Crônicas de Gelo e Fogo? Neste sentido, o e-book não seria algo prejudicial?

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Isso é meio desanimador. :( Não consigo me acostumar a ler um livro que não seja impresso! Tudo bem que é preciso "evoluir", mas parece que a coisa toda está perdendo a graça. Acredito que, mesmo que muito mais trabalhoso, todo esse processo de escrever um livro, publicar e tudo o mais fosse muito mais legal antigamente, quando era preciso se esforçar bem mais.
Mesmo assim, o jeito é se acostumar. Gosto mesmo é de ler livros volumosos como os do Stephen King, mas parece que o pessoal está ficando mais preguiçoso :) E olha que sou da "geração Y", rs.

James McSill disse...

Nos próximos dois anos o autor terá a sua disposição TODOS os instrumentos para levar ao mundo a sua mensagem. A competição será entre AUTORES .

Alvaro Modernell disse...

Grande Lobão, excelente! Imagino que dúvudas semelhantes devem ter surgido na época do Gutemberg, rsss. Muito bacana.

Penso que não há como ser resistente a mudanças de tamanha magnitude. Imagine se algum cantor ou grupo musical, por melhor que fosse, insistisse em gravar apenas em mídias de vinil (os leitures das gerações Y e Z poderão pesquisar na Wikipédia). Ou se não se rendessem aos benefícios dos MP3 e 4 da vida?!
Com literatura e outros conteúdos tradicionalmente publicados/lidos em papel não será diferente. Questão de timing.
Quanto a ter ou não editora, até hoje não tenho certeza do que é melhor. São tantas as vantagens e desvantagens de cada modalidade. Mas, pelo que vejo no mercado, se for uma boa editora (leia-se parceira dos autores que representa), aí não tenho dúvidas, é o melhor caminho, principalmente para quem é escritor na essência e não tem afinidade com as tantas outras fases, processos e trabalhos que fazem parte do mercado editorial. Cada macaco no seu galho é uma interessante forma de organização social, rsss. Abs

Anônimo disse...

Caro Lobão,

Gostei muito do seu blog. Dicas valiosíssimas, especialmente para um iniciante como eu. Vou te procurar para buscar aprofundamento, ok ?

Abraço grande

Arnaldo
(agora com mais tempo, pois requeri aposentadoria...)

Thiago Damasceno disse...

Muito obrigado, Alexandre. Vou pensar muito e elaborar uns projetos. É complicado, mas vejo "luzes no fim do túnel". Valeu mesmo!

Selene d'Aquitaine disse...

Eu sou autora. Publico desde os 15 anos. Conseguir uma editora no Brasil é uma tarefa beem difícil, mas o pega mesmo é a divulgação. Os autores brasileiros acabam perdendo espaço para os best-sellers estrangeiros. Pelo menos é isso o que os novatos sentem. A pergunta é: como chamar atenção dos cara influentes no meio literário? Conseguir uma entrevista na mídia não é fácil... Eles enrolam muito... muitas editoras pedem indicação. Eu atualmente estou terminando uma trilogia. No meu blog eu postei uma apresentação. O senhor pode ler e comentar, por favor? Obrigada! Eu publico com a Ícone Editora.

Paullo Lenore disse...

Olá Alexandre, que bom que está de volta, já estava ansioso para saber das novidades, também fiquei um tempo afastado de tudo e de todos e posso dizer q é uma ótima experiência para revitalizar inspirações... Confesso que a ideia de publicar algo virtualmente me assusta um pouco, apesar dos avanços eu creio q os best-sellers são mais reconhecidos por terem sido livros impressos, ou estou enganado? Talvez as inovações sirvam apenas para facilitar e não ao certo substituir, por exemplo, a televisão e o rádio ainda continuam em alta apesar da evolução da internet...

Alexandre Lobão disse...

Salve, caro Escriba Encapuzado! :)
A dúvida procede. Meu primeiro livro ("A Caixa de Pandora", publicado em 2000) foi criado à base de muitas horas em bibliotecas, pesquisando detalhes com pilhas de livros à mesa. Já meu penúltimo romance, "O Nome da Águia", foi escrito com pesquisas em pouco mais de vinte livros, e muitas horas de internet. Acredito que a mudança de ferramentas ajudou muito - nunca eu teria acesso, por exemplo, às encíclicas da Biblioteca do Vaticano que li para "O Nome da Águia" - mas, no fim, o talento é que faz a diferença, então não dá para comparar ferramentas usadas de um autor para outro, mas principalmente os resultados atingidos.

Alexandre Lobão disse...

Oi "Anônimo" I,
A meu ver, o autor de hoje tem acesso a mais técnicas e informações para produção de suas obras, mas isso não quer dizer que seja mais fácil, nem que você seja obrigado a usar as técnicas ou a facilidade de busca de informações... Acredito que o livro impresso sempre vá existir, mesmo que (muito) futuramente se torne um "item de luxo" ou de 'sebos', como os LPs hoje em dia.

Quanto a gostar de ler livros eletrônicos... Sempre fui viciado em ler HQs eletronicamente, mas eu ACHAVA que não gostava de ler livros, até ler o primeiro ("A Torre Negra", de Stephen King). Depois do primeiro, virou vício pela facilidade!
Tente ler um e-livro que te empolgue, e você vai entender o que estou falando!

Alexandre Lobão disse...

Oi James,
Obrigado pelo comentário.
Caros, podem confiar em mim: se o James falou, acreditem.

Alexandre Lobão disse...

Obrigado, Álvaro!

Para quem não conhece, o Álvaro tem larga experiência (mais de 100 mil livros vendidos) tanto em auto-publicação quanto com trabalho com editoras, então podem levar a opinião dele bem a sério!

Alexandre Lobão disse...

Caro Arnaldo,
Fique à vontade, comente aqui com suas dúvidas e curiosidades, que respondo ou crio posts esclarecendo, dentro de minhas possibilidades! :)

Alexandre Lobão disse...

Grato pelo apoio, Thiago. Se precisar de alguma luz específica, basta sugerir o assunto!

Alexandre Lobão disse...

Oi Selene,
Obrigado por seus comentários. Visitei seu blog e li as apresentações dos dois volumes da trilogia Annástria e do Jardim das Rosas Negras. Os textos são instigantes, me parece que você conseguiu bar uma roupagem nova a um assunto já conhecido - o que é uma boa receita para o sucesso.

Vou criar uma postagem sobre esta sua questão, acho que vale à pena: Como chamar a atenção das "pessoas certas" no meio literário? Tem muito assunto para ser falado!
[]s

Alexandre Lobão disse...

Oi Paullo, obrigado pelo seu retorno também! :)

Concordo que hoje os "grandes autores" são aqueles que têm livros impressos. Colocando de uma forma mais precisa, eu diria que ainda não apareceu ninguém que seja reconhecido como um "grande escritor" e que tenha publicado apenas livros virtuais.

Mas tudo pe questão de tempo. É como o Álvaro Modernell comentou neste post: de repente, quando a imprensa surgiu, publicar livros "em massa" pode ter sido visto como uma perda de qualidade, "coisa de folhetim", pois os "verdadeiros escritores" só tinham obras escritas a mão...
Algumas inovações realmente completam e facilitam, como a televisão que não substituiu o cinema, mas outras são mais drásticas, como o DVD que matou o VHS e o CD regravável que matou as fitas K7.

No fim, mesmo, não é a mídia que interessa, mas sim a qualidade daquilo que está "gravado" nela...

Anônimo disse...

Oi Alexandre, é a primeira vez que estou passando aqui no seu blog e já decidi deixar a minha marca. Na verdade, eu vou lhe pertubar. Gostaria de saber se vc não se interessa de fazer um roteiro do meu livro e divulgar entre os seus contatos. Imagino que esteja muito ocupado, com bastante trabalho, mas não vou perder nada, lhe fazendo essa pergunta.

O meu livro é bastante interessante, e não digo pelo fato de o ter escrito não, mas pq sou relaista mesma.

Por favor me passe o seu e-mail para lhe mandar a minha obra, pro senhor avaliar.

o meu e-mail é goajc@bol.com.br

Abraços, Gilvânia

Alexandre Lobão disse...

Oi Gilvânia,
Obrigado pelo interesse e confiança, entrarei em contato por seu email.
[]s

Daniele Ribeiro disse...

Olá, Alexandre!
Quando descobri seu blog, fiquei feliz e triste ao mesmo tempo! Feliz por encontrar um espaço tão enriquecedor para alguém como eu, escritora amadora que sonha tornar-se profissional. Triste porque descobri que perdi tantos eventos interessantíssimos que acabaram de ocorrer em minha atual cidade, pois me mudei em 09/2011 pra BSB e não fazia ideia de que seria um lugar tão culturalmente enriquecedor para leitores e escritores. Tenho alguns textos, um livro em processo embrionário e poucos textos publicados na internet. Gostaria de saber sua opinião sobre publicação em sites específicos e confiáveis (não sei se posso divulgá-lo aqui), pois apesar de acreditar que começo a ter alguma visibilidade por parte do público, penso se vale a pena colocar na internet algo que poderia futuramente tentar publicar pelos meios tradicionais (editora), como uma coletânea de contos, por exemplo. Apesar de o site fazer menção a meus direitos autorais, não sei se uma editora estaria interessada em publicar textos que não seriam mais inéditos. Gostaria de saber sua opinião a respeito. E também o que acha sobre a licença Creative Commons, que permite que meus textos sejam, copiados desde que seja dado crédito a mim.
E, poxa rs, tem previsão de quando ocorrerão outros workshops, cursos e eventos? Quero tanto participar de algum!
Abs.

Alexandre Lobão disse...

Oi Jolie,
Vamos por partes, como dizia Jack:
- Colocar algo na internet sempre é interessante para gerar curiosidade e criar um público ansioso por seus escritos; mas uma editora pode não querer publicar exatamente as mesmas coisas, mas sim outras relacionadas. Então, publique sim, mas mantenha uma produção paralela se desejar procurar uma editora depois.
- Acho a Creative Commons muito interessante para produtos criados por diversas pessoas, como por exemplo softwares. Em blogs, arrisco-me a dizer que tudo é "creative commons" como padrão: se escrevo um texto aqui e alguém copia sem mencionar a origem, esta pessoa poderia eventualmente ser processada por plágio.
- Quanto aos Workshops, fique de olho: devemos ter um no fim de abril, organizado novamente por mim e pelo Oswaldo Pullen; e um curso em um esquema diferente, com aulas semanais, mais ou menos na mesma época.
QQ coisa comente, que possa aprofundar-me nestes assuntos!
[]s

Daniele Ribeiro disse...

Olá Alexandre,

Obrigada por responder tão prontamente as minha dúvidas. Ficarei aguardando pelo seu workshop. ;)

Você sabe dizer onde eu encontraria o livro "Você já pensou em escrever um livro?" da Sonia Belloto que vc indicou em um outro post? Parece estar em falta nas livrarias.

Alexandre Lobão disse...

Oi Jolie,
Sugiro você pesquisar nas livrarias na internet, o "estoque" sempre é maior que as livrarias físicas.
Ou, de repente, tente falar direto com a Sonia, através dos contatos no site da Fábrica de Textos - www.fabricadetextos.com.br. A Sonia é bastante acessível, é fácil conversar com ela ou alguém de sua equipe!

Hercules disse...

Aqui vai uma dica …No Brasil já existe uma alternativa às editoras tradicionais o PerSe (www.perse.com.br) um portal de publicação e venda de Livros e eBooks para Autores Independentes, onde o autor é quem publica sozinho o seu livro e o melhor, GRATUITAMENTE. São mais de 250 combinações possíveis de acabamento, formato, papeis e cores. O Autor, além de manter os direitos autorais consigo, é quem define o quanto quer receber por eles. Quando um leitor adquirir o livro eles imprimem sob demanda e entregam, sem investimento inicial e sem Estoque. Hoje eles possuem parcerias com varias lojas on-line de eBooks como a Xeriph, Nuvem de Livros, Iba (do grupo Abril), Livraria Cultura e Amazon.